CASA-CE discute e aprova estratégia para as eleições
A CASA-CE reúne, amanhã, em Luanda, o Conselho Consultivo Nacional (equivalente a Comité Central) para, entre outros assuntos, aprovar o
manifesto e a estratégia para as eleições gerais de 24 de Agosto, refere uma nota da coligação.
Na reunião magna, a decorrer numa unidade hoteleira, deverá, igualmente, ser aprovada a prop o s t a d o p r o g r a ma d e governo da CASA-CE, a ser materializado em caso de vitória nas eleições.
De acordo com fonte da coligação, no encontro, deverão, igualmente, ser recolhidas as últimas contribuições para a proposta de programa
de governo, antes da sua aprovação. A proposta mereceu contribuições da sociedade, durante uma campanha que se estendeu para todo o país.
O documento definitivo é apresentado, publicamente, na próxima terça- f eira, durante uma conferência de imprensa, a ter lugar em Luanda. Entretanto, os militantes, simpatizantes e interessados poderão, igualmente, ter contacto com o programa, no s á bado da próxima semana, num acto político de massas que deverá marcar, formalmente, a abertura da pré-campanha eleitoral da CASA-CE.
A coligação apresentou, na quarta-feira, no Tribunal Constitucional, a candidatura às próximas eleições gerais, com a apresentação da lista de candidatos a Presidente da República, Vice-presidente da República e deputados à Assembleia Nacional.
O presidente da CASACE, Manuel Fernandes, foi confirmado como candidato da coligação a Chefe de Estado, enquanto o líder do grupo parlamentar, Alexandre Sebastião André, concorre como Vice-presidente da República.
Na "luta" para a eleição ao próximo Parlamento, a coligação escolheu o advogado Hélder Chihuto como cabeça-de-lista para a maior praça eleitoral, Luanda, enquanto António Francisco Hebo, até então secretário executivo provincial em
Luanda, é o nº 1 na lista de candidatos a deputados pelo círculo do CuanzaNorte, sua terra natal e onde chegou a liderar o secretariado executivo, quando Abel Chivukuvuku era o presidente.
A CASA-CE é a terceira maior força política na Assembleia Nacional. Nas últimas eleições, a coligação elegeu 16 deputados mas o grupo parlamentar ficou dividido ao meio, na sequência do afastamento de Chivukuvuku, por alegada quebra de confiança política, em Fevereiro de 2019. Oito deputados demarcaramse da nova direcção e estão como não integrantes de qualquer grupo parlamentar.
Pela primeira vez, a coligação participa nas próximas eleições sem o líder fundador, Abel Chivukuvuku, que, não tendo conseguido legalizar o seu projecto político, o PRAJA Servir Angola, depois de ter sido afastado da CASA-CE, concorre pelas listas da UNITA.
O pleito de 24 de Agosto vai ser um verdadeiro teste para a actual liderança provar se mantém a tendência crescente do grupo parlamentar (em 2012 conseguiu eleger oito deputados e em 2017 dezasseis), se, pelo menos, mantém os números actuais ou se, pelo contrário, reduz a representação na Assembleia Nacional.