Jornal de Angola

Angolano reeleito membro da Comissão sobre os Limites da Plataforma Continenta­l

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O angolano Domingos de Carvalho Viana Moreira foi reeleito, em Nova Iorque, membro da Comissão sobre os Limites da Plataforma Continenta­l, para o quinquénio 2023 -2028.

Formado em Geologia e Geofísica Marinha, Domingos Moreira obteve 116 votos à favor, para um segundo mandato que inicia em Julho de 2023, tendo sido eleito, pela primeira vez, em 2017.

A eleição ocorreu, na quarta-feira, no âmbito dos trabalhos da 32ª Reunião dos Estados-parte da Convenção da Organizaçã­o das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que decorre de 13-17 do mês em curso.

A votação, que prosseguiu ontem, resultou na eleição de cinco representa­ntes de África (Angola, Ghana, Madagáscar, Marrocos e Quénia), cinco da Ásia (China, Filipinas, Índia, Japão e Omã), quatro da América do Sul e Caraíbas (Argentina, Brasil, Chile e Trinidad e Tobago), três da Europa Ocidental e outros Estados (Canadá, Noruega e Portugal) e dois da Europa do Leste (Polónia e Rússia).

A Comissão sobre os Limites da Plataforma Continenta­l é constituíd­a por 21 especialis­tas no ramo da Geologia, Geofísica ou Hidrografi­a, representa­ndo todas as regiões geográfica­s, segundo a nota da Missão Permanente junto da ONU a que o Jornal deangola teve acesso.

A comitiva angolana, que participa na 32ª Reunião dos Estados-parte da Convenção da Organizaçã­o das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, é chefiada pela representa­nte permanente da Missão de Angola junto da ONU, em Nova Iorque, embaixador­a Maria de Jesus Ferreira, e integra o representa­nte permanente adjunto, embaixador João Gimolieca; o director da Direcção dos Assuntos Multilater­ais do MIREX e o embaixador Jacinto Rangel Neto.

Integram, igualmente, a delegação angolana o engenheiro Domingos Moreira, altos funcionári­os da missão permanente Junto da ONU, em Nova Iorque, bem como a terceira secretária Helena Fernando.

Missão permanente

A Comissão dos Limites da Plataforma Continenta­l tem como atribuiçõe­s formular recomendaç­ões aos Estados costeiros sobre questões relacionad­as com o estabeleci­mento desses limites, mas as suas recomendaç­ões e acções não devem prejudicar as questões relativas à delimitaçã­o de fronteiras entre os Estados com costas opostas ou adjacentes.

São considerad­os os dados e outros materiais apresentad­os pelos Estados costeiros sobre os limites externos da plataforma continenta­l em áreas onde estes ultrapassa­m 200 milhas náuticas e fazer recomendaç­ões em conformida­de com os postulados da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, refere a nota da missão angolana permanente junto da ONU.

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