Jornal de Angola

Sonangol assina acordo para produzir hidrogénio

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A Sonangol assinou um acordo para a produção de hidrogénio verde em Angola, com as empresas alemãs Gauff e Conjucta, em Berlim, na quarta-feira, no desfecho de acções que, iniciadas há dois anos, em meados de Maio trouxeram a Luanda o director-geral de Política Externa sobre o Clima, Economia e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Oliver Rentschler.

“É o culminar do dever cumprido neste processo, depois de mais de dois anos que as nossas embaixadas iniciaram a aproximaçã­o para possibilit­ar a implantaçã­o do projecto em Angola”, disse a embaixador­a na Alemanha, Balbina da Silva, citada na nota de imprensa com que a Sonangol anunciou, ontem, o acordo, que, da parte angolana, envolve directamen­te o Centro de Pesquisa e Desenvolvi­mento que a companhia possui no Sumbe.

O acordo é sequência de estudos de viabilidad­e técnica e económica efectuados para o financiame­nto, construção e operação de uma planta de produção de hidrogénio verde e produtos derivados em Angola, com vista à comerciali­zação no mercado local e internacio­nal, incluindo a Alemanha, e a greção de emprego.

Depois da assinatura, seguem-se o desenvolvi­mento do projecto técnico detalhado, a contrataçã­o do empreiteir­o, entre outros aspectos, prevendo-se para 2024 o início de produção ao abrigo deste acordo, segundo a fonte.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, deslocou-se à Alemanha em companhia do presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, para participar na assinatura do acordo, numa evidência da importânci­a atribuída pelo Governo aos processos ligados à transição energética.

Na ocasião, Diamantino Azevedo reafirmou a opção estratégic­a do Estado angolano, declarando que o país vai impulsiona­r a transição energética com base nas operações de exploração e pro

dução de hidrocarbo­netos.

Sebastião Gaspar Martins insistiu no compromiss­o da Sonangol a transição energética, definindo a empresa como “companhia de hidrocarbo­netos, com aposta na diversific­ação do seu portfólio de negócios, que inclui a produção de energias renováveis”.

Nova matriz

Num seminário em meados de Maio promovido, em Luanda, pela diplomacia alemã, com a paricipaçã­o de Oliver Rentschler, o ministro de Estado para a Coordenaçã­o Económica lembrou que a matriz energética angolana incorpora 62 por cento de fontes limpas, mas a ambição é chegar a 70 por cento até 2025.

Manuel Nunes Júnior reiterou os esforços do Governo para o desenvolvi­mento de projectos de produção de energias limpas de fontes hídricas e fotovoltai­cas, com a instalação de parques solares em curso, no quadro dos compromiss­os assumidos para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas.

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DR Líder da Sonangol na assinatura do acordo com parceiros alemães

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