Jornal de Angola

Concedidos 2,6 mil milhões em microcrédi­to a informais

Valor anunciado pelo ministro para a Coordenaçã­o Económica no lançamento da primeira pedra para edifício que vai acolher os serviços permanente­s do programa

- Ana Paulo

O Programade Reconversã­o da Economia Informal (PREI) atendeu 2.775 pedidos de microcrédi­to, no valor de 2,6 mil milhões de kwanzas, anunciou, ontem, em Luanda, o ministro de Estado para a Coordenaçã­o Económica.

Manuel Nunes Júnior, que avançou estes dados no lançamento da primeira pedra para a construção do edifício que acolherá os serviços permanente­s do PREI, a erguer-se no mercado do Catinton, reconheceu que o programa cresceu de forma positiva, permitindo retirar do círculo informal cerca de 200 mil operadores, principalm­ente mulheres.

Do número de formalizad­os, destacou Manuel Nunes Júnior, mais de 50 por cento são jovens com idades compreendi­das entre 15 e 40 anos de idade.

Com o lançamento do processo de aceleração do PREI, em Novembro de 2021, quando o modelo itinerante do projecto foi levado aos município do país, uma procura massiva das tendas de registo por parte de agentes económicos informais levou á ideia da construção do pri

meiro edifício para acomodar de forma integrada os serviços de formalizaç­ão das actividade­s económicas.

Nesse edifício, esclareceu o ministro de Estado para a Coordenaçã­o Económica, vai-se realizar de modo concentrad­o o registo dos trabalhado­res e unidades económicas que actuam na informalid­ade.

Manuel Nunes Júnior realçou benefícios do edifício

permanente como o acesso aos cuidados primários de saúde, educação pré-escolar para os filhos menores das vendedoras, registo civil para emissão do Bilhete de Identidade, número de Identifica­ção Fiscal (Nif),certidão Comercial, Certidão Contributi­va do Instituto Nacional da Segurança Social, acesso aos serviços de desenvolvi­mento de negócios, incluído serviços financeiro­s digitais e do sistema bancário.

Destacou que esta iniciativa sinaliza a intenção do Governo em tornar o PREI num serviço definitivo de formalizaç­ão, de modo a demonstrar aos empreended­ores benefícios tangíveis.

“A futura infra-estrutura é um elemento importante para a sustentabi­lidade do processo de formalizaç­ão da economia, assim como, para a reversão das vulnerabil­idades dos nossos mercados, associadas a condições de saúde e de trabalho pouco adequadas e dignas”, frisou.

Formalizaç­ão permanente

Por sua vez, o ministro da Economia e Planeament­o, Mário Caetano João, anunciou que edifícios fixos para atender os serviços de formalizaç­ão económica vão ser implantado­s em todo o país, atendendo os 164 municípios.

Os grandes municípios, garantiu Mário Caetano João, serão os mais beneficiad­os, com mais de um edifício do género, por apresentar­em maior demanda populacion­al l i gada à actividade comercial informal.

Orçado em cerca de 180 milhões de kwanzas e com um prazo de construção de três meses, a empreitada do Edifício o Executivo do PREI está inscrita no OGE.

Os edifícios serão erguidos fruto do apelo das vendedoras que pretendem continuar a beneficiar e de outras que não conseguira­m aderir ao processo. “Quando chega a fase final do processo num dos mercados, com as equipas, ao desmontar as tendas, os comerciant­es pedem que continuem, de onde surgiu a ideia do edifício permanente”, frisou o ministro, defendendo ser necessário “redimensio­nar tudo e deixar de realizar campanhas andando pelo país”.

O acto de lançamento da primeira pedra contou com a participaç­ão de representa­ntes da União Europeia, entidade financiado­ra do PREI.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Manuel Nunes Júnior afirmou que a meta de registo de 200 mil agentes informais foi alcançada

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