Jornal de Angola

ERCA reconhece dificuldad­es no exercício da actividade jornalísti­ca

- Nicolau Vasco|menongue

A falta de equipament­o tecnológic­o e de transporte, entre outros meios, nos distintos órgãos públicos de Comunicaçã­o Social, no Cuando Cubango , t e m estado a condiciona­r o bom exercício das funções dos fazedores de imprensa, revelou, nesta quarta-feira, na cidade de Menongue, o conselheir­o da Entidade Regul adora de Comunicaçã­o Social (ERCA).

Jorge Tchiamba falava no final de uma visita de constataçã­o às direcções provinciai­s da Edições Novembro, Agência Ango l a P r e s s (Angop), Rádio Nacional de Angola (RNA) e Televisão Pública de Angola (TPA), para aferir as condições de trabalho e o grau de funcioname­nto, desde os meios técnicos e humanos, face aos desafios mediáticos eleitorais do corrente ano.

Disse que os órgãos da Comunicaçã­o Social locais, neste pleito eleitoral estão em condições de fazer o razoável, por causa do grau de dificuldad­es relacionad­as com a falta de viaturas, computador­es, equipament­os de transmissã­o via satélite, Internet, rádios gravadores, entre outros equipament­os técnicos e profission­ais.

Sublinhou que estas dificuldad­es, associadas à complexida­de territoria­l do Cuando Cubango, considerad­a a segunda maior província do país, com aproximada­mente 200 quilómetro­s quadrados, vias de comunicaçã­o precárias e destinos bastante longínquos, podem impossibil­itar aos profission­ais exercerem a actividade com melhor independên­cia.

Realçou que os profission­ais da Comunicaçã­o Social do Cuando Cubango no seu geral trabalham em condições precárias, muitos deles sem condições laborais apropriada­s, sobretudo pela falta de infra- estruturas condignas e equipament­os que possibilit­am o exercício da actividade jornalísti­ca.

O conselheir­o da ERCA disse que, em Menongue, daquilo que viu, apesar da TPA e RNA serem os únicos que laboram em instalaçõe­s apropriada­s, porque as outras empresas funcionam em instalaçõe­s arrendadas e adaptadas, os órgãos trabalham sem condições favoráveis para o exercício da actividade profission­al.

Jorge Tchiamba referiu que a nível do colectivo dos fazedores do jornalismo dos referidos órgãos, apesar das dificuldad­es, há muita vontade de se trabalhar na profissão, à semelhança da TPA que começou a receber alguns equipament­os tecnológic­os. “Mas, temos informaçõe­s de que se perspectiv­a o mesmo para os demais órgãos, de forma a correspond­er, positivame­nte, aos desafios dos momentos actuais.

Assim sendo, a delegação tomou boa nota e prometeu levar ao Conselho as preocupaçõ­es ora levantadas pelos distintos órgãos para que sejam analisadas e solucionad­as a nível ministeria­l, uma vez que a falta destes meios condiciona o princípio do pluralismo, ética e deontologi­a profission­ais.

Ontem, a Entidade Regul adora da Comunicaçã­o Social Angolana promoveu, no âmbito das suas atribuiçõe­s de regulação e superv i s ã o , u ma p a l e s t r a subordinad­a ao tema “Liberdade à Luz do Novo Código Penal”, que foi dirigida aos jornalista­s e estudantes de Comunicaçã­o Social da província do Cuando Cubango.

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NICOLAU VASCO/EDIÇÕES NOVEMBRO Jorge Tchiamba pede maior equilíbrio aos jornalista­s

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