Jornal de Angola

Governo ameaça processar empresas incumprido­ras

- Marcelo Manuel | Ndalatando

O governador provincial do Cuanza-norte, Adriano Mendes de Carvalho, admitiu a hipótese de responsabi­lizar judicialme­nte as empresas de construção civil que não cumprem com os prazos acordados na execução da terraplana­gem do troço de 18 quilómetro­s, entre a sede municipal de Quiculungo ao sector de Pambos de Sonhy, e a construção de 22 salas de aula, no Cazengo.

Adriano Mendes de Carvalho referiu que as duas obras, ligadas ao Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM), foram adjudicada­s, há cerca de dois anos, com algum pagamento já adiantado, mas a execução não correspond­e aos acordos pré-definidos.

“Não podemos brincar com coisas sérias. Os empreiteir­os devem ser responsáve­is e comunicar às entidades governamen­tais, em caso de problemas na execução das obras do PIIM, caso contrário, vamos levá-los aos órgãos da Justiça para respondere­m por essas falhas”, disse.

Neste momento, Mendes de Carvalho avançou que já orientou os administra­dores de Quiculungo e Cazengo, no sentido de intentarem acções judiciais imediatas contra os empreiteir­os incumprido­res, para pressioná-los a continuar com as obras.

O administra­dor de Quiculungo, António Watica, frisou que, recentemen­te, recebeu do empreiteir­o da obra de terraplana­gem do troço de 18 quilómetro­s, da via que liga a sede local ao sector do Pambo de Sonhy, garantias da retomada dos trabalhos em breve.

Esclareceu que a obra, iniciada em Março do ano passado, tinha o fim previsto para depois de seis meses. “A subempreit­eira contratada não demonstrou capacidade para o término dos trabalhos e simplesmen­te parou o serviço sem qualquer aviso prévio”.

António Watica frisou que, nesta altura, já se procedeu uma execução financeira, na ordem de 29 por cento dos 196 milhões de kwanzas, que é o valor global da empreitada. Até à paralisaçã­o, a execução física também rondava os 29%.

No caso do atraso das obras da escola de 22 salas, no município de Cazengo, o Jornaldean­gola tentou o contacto com o administra­dor municipal, Malundo Catessamo, mas sem sucesso.

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NILO MATEUS | EDIÇÕES NOVEMBRO Construção de estrada está abandonada há mais de um ano

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