Jornal de Angola

Execução do PIIM beneficia Saúde com 31 novas unidades

Com mais 54 estabeleci­mentos do PIP, o país conseguiu, em quatro anos, um total de 85 novos hospitas, centros e postos de saúde

- Alexa Sonhi

Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) permitiu a construção e apetrecham­ento de 31 unidades de saúde em todo o território nacional, revelou, ontem, em Luanda, a ministra de Estado para a Área Social.

Carolina Cerqueira, que presidia ao acto de abertura do 1º Fórum dos Cuidados de Saúde Primários e Imunização, realizado no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), disse que, além do PIIM, o Programa de Investimen­tos Públicos (PIP), possibilit­ou a construção de outras 54 unidades de saúde.

A ministra de Estado sublinhou que, com a conclusão dessas obras, o país ganhou, nos últimos quatro anos, um total de 85 unidades de saúde. "Tudo isso é fruto de um forte investimen­to feito pelo Executivo angolano, com o objectivo de melhorar a assistênci­a nos cuidados primários de saúde", realçou.

Carolina Cerqueira fez saber que o surgimento de mais infra-estruturas sanitárias permitiu que fossem enquadrado­s no sector da Saúde perto de 33.093 novos profission­ais na carreira especial, sendo que os médicos, maioritari­amente jovens, já iniciaram a formação especializ­ada nas referidas local i dades, sobretudo, nos domínios da Medicina Geral e Familiar.

A ministra de Estado avançou que o o investimen­to estruturan­te que está a ser feito na Saúde reflecte-se, também, na melhoria dos principais indicadore­s dos P r o g r a mas d a S a ú d e Materno-infantil e da Nutrição, originando o aumento do acesso, da cobertura de pré-natal e do parto institucio­nal e a redução da mortalidad­e materna infantil.

No que toca à malária, Carolina Cerqueira explicou que se registou uma redução da taxa de letalidade, tendo em conta a melhoria no diagnóstic­o precoce e tratamento adequado, enquanto na luta contra a tuberculos­e constatou-se um aumento da rede de serviços de atendiment­o às pessoas infectadas, resultando num sucesso de tratamento na ordem dos 80%, em 2021.

A governante acentuou que o Executivo deu, também, uma atenção especial às doenças crónicas não transmissí­veis que mais afectam a população, como a hipertensã­o arterial e a diabetes, através do aumento de unidades sanitárias do primeiro nível, onde é fácil fazer- se o diagnóstic­o e seguimento dos utentes com estas patologias.

A ministra de Estado realçou que já se regista uma melhoria substancia­l a nível da assistênci­a médica e medicament­osa, por causa do aumento da logística com compras agrupadas, através de concursos públicos, com o recurso à plataforma electrónic­a do Ministério das Finanças.

Apesar desses avanços, Carolina Cerqueira reconheceu que há muito ainda por fazer. Por isso, o Executivo vai continuar a reformar o Sistema Nacional de Saúde, com objectivo de se consolidar os ganhos já alcançados e combater com determinaç­ão as insuficiên­cias no sector.

A governante defende que “só com a melhoria das condições de trabalho e sociais é que os profission­ais da Saúde vão poder trabalhar com maior responsabi­lidade e olhar para os doentes com mais amor, solidaried­ade e humanismo”.

Quanto ao fórum, considerou que essa primeira edição constitui uma excelente oportunida­de para se analisar, em conjunto, os trabalhos realizados no domínio dos cuidados de saúde primários, dos esforços consentido­s e da projecção do muito que ainda há por alcançar e no compromiss­o do Executivo com a saúde dos angolanos.

Durante o Primeiro Fórum de Cuidados de Saúde Primário e Imunização, foram apresentad­os temas relacionad­os com a universali­zação dos cuidados de saúde primários e o financiame­nto do pacote essencial, compromiss­os nacionais pela saúde da criança, da mulher e de luta contra grande endemias, do financiame­nto da saúde como factor sustentáve­l para melhorias da saúde nos municípios.

O fórum foi realizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundação Bill e Melinda Gates e a Aliança das Vacinas (GAV).

Só com a melhoria das condições de trabalho e sociais é que os profission­ais da Saúde vão poder trabalhar com maior responsabi­lidade e olhar para o doente com mais amor e humanismo

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ARMANDO COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Carolina Cerqueira (ao centro) presidiu a abertura do I Fórum dos Cuidados de Saúde Primário

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