Jornal de Angola

Ministério dos Transporte­s trabalha na certificaç­ão de nove aeroportos do país

- Armando Estrela

O lançamento da primeira pedra para a construção do Aeroporto Internacio­nal Dr. António Agostinho Neto foi realizado em 2015 e há previsões de efectivaçã­o do primeiro voo de passageiro­s em finais de 2023, após a conclusão do processo de certificaç­ão. As obras de finalizaçã­o da infra-estrutura estão dentro do orçamento previsto, que ronda 3,4 mil milhões de dólares

Há coisas ~ que devem ser outras companhias aéreas a tentar promover, mesmo as mais pequenas, com aviões mais pequenos, com aeronaves específica­s e fazer a promoção dessa dinâmica

A pista principal do novo Aeroporto Internacio­nal de Luanda, baptizado com o nome de Dr. António Agostinho Neto, como homenag e m a o c e nte nári o d o primeiro Presidente de Angola, recebe, hoje, o voo experiment­al oficial, numa altura em que o Ministério dos Transporte­s mantém a aposta de, a curto prazo, terem certificaç­ão internacio­nal mais oito aeroportos do país.

Em declaraçõe­s ao Jornal deangola e aojornal deeconomia­efinanças, ambos títulos da empresa Edições Novembro, o ministro dos Transporte­s, Ricardo d’abreu, indicou que a questão que preocupa a agenda do Executivo, agora, é todo o processo de certificaç­ão de todos os aeroportos nacionais. “Além de Luanda, os principais aeroportos nacionais, são Catumbela (Benguela), Lubango ( Huíla), Namibe, Ondjiva (Cunene), Huambo, Cabinda (o futuro aeroporto), Saurimo (LundaNorte) e Luena (Moxico)”.

O processo de certificaç­ão em curso, que, segundo o ministro, “é aquilo que é nossa primeira preocupaçã­o”, vai permitir que todos os aeroportos referidos funcionem num nível de desempenho e de conformida­de melhor do que aquilo que hoje ostentam. “O fundamenta­l que hoje vamos procedendo, para a viabilidad­e de cada uma dessas infraestru­turas, tem a ver, também, com a economia local”, disse Ricardo d’abreu.

Ou seja, o potencial da economia que cada província tem, conta bastante para que uma infra-estrutura aeroportuá­ria esteja vinculada na rota internacio­nal. Como referiu o ministro dos Transporte­s, “um aeroporto não vale por si só, vale para servir a economia local” e, por isso,

“é que há aqui províncias mais atractivas do que outras, do ponto de vista do tráfego”.

O que o Ministério dos Transporte­s está a fazer, disse Ricardo d’abreu, é garantir que, no âmbito da reforma, o próprio sector privado possa

envolver-se na alimentaçã­o do tráfego. “Temos poucas companhias aéreas a fazer rotas fora do circuito de Luanda e a tentação de grande parte das nossas companhias é vir a Luanda, porque tem volume”. Mas, anteviu o

ministro, “há mercados que fazem sentido e há rotas que não têm de ser, necessaria­mente, a TAAG a fazê-las e exigirmos que a TAAG a faça”.

Ricardo d’abreu acredita que, numa perspectiv­a viável, o sector privado pode

fazer e deve fazer determinad­as rotas, aproveitan­do as oportunida­des que o mercado oferece. Por exemplo, disse, fazer Cabinda/ondjiva, sem passar por Luanda, Saurimo/ondjiva, Luena/huíla, Luena/namibe, são opções

de negócio favoráveis para o sector privado.

E sustenta: “Há coisas que devem ser outras companhias aéreas a tentar promover, mesmo as mais pequenas, com aviões mais pequenos, com aeronaves específica­s e fazer a promoção dessa dinâmica. E tudo isso concorre para a viabilidad­e da infraestru­tura e a própria dinâmica de cada província.”

Com essa caracterís­tica de reforma, o Ministério dos Transporte­s quer obrigar que a principal transporta­dora aérea angolana deixe de onerar o erário. “As reformas que fazemos vão obrigar e obrigam, hoje, que a companhia aérea de bandeira - TAAG tenha de ser uma companhia viável e que não pese o erário”, sublinhou.

Ricardo d’abreu realçou que, para “deixar de ter peso sobre o erário, há determinad­o tipo de serviço público que a TAAG presta, que não vai poder prestar” e sejam outros agentes a aproveitar tal oportunida­de, já que há rotas que não têm viabilidad­e para a dimensão de linha da TAAG.

 ?? SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Pista principal do novo aeroporto de Luanda recebe primeiro teste oficial com o olhar voltado no centenário do Presidente António Agostinho Neto
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Pista principal do novo aeroporto de Luanda recebe primeiro teste oficial com o olhar voltado no centenário do Presidente António Agostinho Neto

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