Jornal de Angola

Angola admitida como membro da ITIE

- Xavier António

Angola foi admitida, ontem, em Bruxelas, Bélgica, como membro da Iniciativa para a Transparên­cia nas Indústrias Extractiva­s ( ITIE), “com o compromiss­o de continuar a melhorar os processos de supervisão da gestão transparen­te dos nossos recursos minerais em benefício do povo”.

Ao discursar na cerimónia de aceitação de Angola na ITIE, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou que o acto de adesão consagra a determinaç­ão do Executivo angolano de cumprir com o padrão global da transparên­cia na indústria extractiva, “continuand­o a melhorar os processos de supervisão da gestão transparen­te dos nossos recursos minerais em benefício do povo”.

“O Comité Nacional de Coordenaçã­o da Iniciativa para a Transparên­cia nas Indústrias Extractiva­s integra vários actores nacionais, designadam­ente o Governo, a i ndústria extractiva e sociedade civil, o que permite assegurar uma discus

são mais sustentáve­l sobre os destinos a dar às receitas provenient­es da exploração dos nossos recursos minerais”, sustentou.

Referiu a adesão como um acto voluntário e soberano do Governo, com o qual Angola declara, à comunidade nacional e internacio­nal, o firme compromiss­o em partilhar, com regularida­de e sistematiz­ação, as receitas da cadeia de valor extractiva, bem como motivar as empresas nacionais a observarem os procedimen­tos da ITIE.

Diamantino Azevedo destacou, igualmente, o facto de a economia angolana ter a sua base no sector extractivo, com particular realce para exploração de petróleo, gás natural e diamantes, “daí o facto de o actual Executivo ter apostado grandement­e na diversific­ação da economia”, disse.

No período de 20172022, acrescento­u, o Exec u t i vo tem estado a implementa­r um processo de reformas globais e profundas, cujos resultados no sector da indústria extractiva têm sido impactante­s.

Reformas

No seu discurso, o ministro destacou ainda as reformas no segmento de petróleo e gás, com a criação de vários organismos, nomeadamen­te a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis, o Instituto Regul ador de Derivados de Petróleo, a reestrutur­ação da Sonangol, entre outras acções para o aumento da capacidade de prospecção de hidrocarbo­netos, licitação de blocos, aprovação da Lei do Gás, bem como a aprovação da estratégia de refinação e petroquími­ca, entre outros domínios.

De acordo com Diamantino Azevedo, com estas reformas, o Executivo pretendeu dar maior sinal ao mercado da seriedade de Angola na procura contínua de soluções para a melhoria da reputação das suas instituiçõ­es e empresas, bem como conferir maior conforto aos investidor­es, obrigando a todos os actores na indústria extractiva, a um maior rigor no cumpriment­o da legislação, ponderação na t omada de decisão.

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DR A indústria extractiva tem uma importânci­a significat­iva no mercado petrolífer­o nacional

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