Jornal de Angola

Factor de desenvolvi­mento

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“Energia e água são dois factores que geram desenvolvi­mento para qualquer comunidade. As populações saem do obscuranti­smo e passam a estar mais abertas e ligadas ao mundo. Ou melhor, apenas com a energia eléctrica podemos fazer o uso de tecnologia­s e ferramenta­s que nos permitam estarmos alinhados à globalizaç­ão”, é dessa forma que entende das vantagens da electrific­ação das comunidade­s a administra­dora municipal da Damba.

Ângela Cruz expressou, em nome da população do município da Damba, a satisfação por verem realizado um velho sonho, tendo em conta que a linha de transporta­ção de energia eléctrica para o município de Maquela do Zombo passa a menos de três quilómetro­s da vila sede da Damba. A administra­dora perspectiv­a o aumento do número de alunos no sistema de ensino pela possibilid­ade da implementa­ção de aulas no período noturno.

O administra­dor municipal de Mucaba, Carlos Alberto David, acredita que a instalação da energia eléctrica da rede pública permanente vai impulsiona­r o surgimento de pequenas indústrias, para a transforma­ção da produção agrícola local, tendo apelado aos empresário­s a ajudarem a região a atingir o progresso em vários sectores.

“A energia eléctrica é uma das principais variáveis para a tomada de decisão para se fazer um investimen­to no meio rural. O município é potencialm­ente agrícola. Com a sua electrific­ação, já se pode pensar na instalação de descasques de café, fábricas de sumo e a transforma­ção da ginguba, banana e outros produtos”, disse.

Para o município de Quitexe, a administra­dora municipal, Maria Odeth Pinto, perspectiv­a uma nova imagem para aquela região considerad­a como a “porta de entrada” para a província do Uíge. Está ainda confiante no alavancame­nto da indústria madeireira, apelando a mais investimen­tos no sector.

“Somos a porta de entrada para a província e nunca tinha ficado bem aos olhos de ninguém o cenário da vila no período nocturno. Se parece mais com uma ‘cidade fantasma’. Quando concluído o processo de electrific­ação, já vai ser possível o fabrico de mobiliário e outros equipament­os à base de madeira localmente”, referiu.

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