Ministro valoriza programas da REA e do comércio rural
Iniciativas institucionais ligadas à Reserva Estratégica Alimentar e do escoamento da produção agrícola são executadas com sucesso
Os programasinstitucionais da Reserva Estratégica Alimentar (REA) e Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural ( PIDCR) são os que estão a ter “execução mais efectiva” e os que mais contribuem para a alteração da estrutura económica do país, declarou ministro da I ndústria e Comérci o , ontem, em Moçâmedes.
Victor Fernandes terminou, ontem, uma deslocação de 48 horas àquela cidade, onde se reuniu com representantes do Governo e na classe empresarial, bem como entregou as carrinhas de apoio ao escoamento da produção agrícola a operadores do comércio rural.
Num encontro de auscultação realizado, ontem, com empresários, foram feitas apresentações institucionais sobre o impacto da REA e do PIDCR sobre os preços dos produtos da cesta básica e a estratégia da promoção, fomento da produção nacional e escoamento.
Na ocasião, o ministro definiu a REA como um mecanismo de estabilização adoptado pelo Governo, sendo empregue “nos momentos em que a situação relativa aos preços da cesta básica sofre tendência para subir ou para descer” em níveis que constituam ameaça para a estabilidade do mercado.
No domínio do escoamento da produção nacional, Victor Fernandes realçou que, apesar das consideráveis acções de fomento e quantidades produzidas, “a verdade é que também temos o desafio desse escoamento”, de onde emergiu o Programa de Escoamento da Produção Nacional.
Com esse programa, adiantou, operadores de transportes de mercadorias estão a receber incentivos para a aquisição dos meios que, envolvidos no escoamento, vão induzir o mercado a elevar a produção agrícola e a garantir que o excedente chegue às zonas de consumo.
“O Executivo está a apostar seriamente na transformação estrutural da economia, visando sair da mono dependência do petróleo e para outra a mais diversificada”, afirmou o ministro para dar uma explicação conceptual das medidas discutidas no encontro com representantes do Governo e empresários do Namibe.
O ministro também explicou o encontro com os empresários locais, declarando que o Governo entende que “a diversificação da economia não se faz sem a participação do tecido empresarial”, uma percepção que disse ter levado à adopção de programas para o desenvolvimento económico, como o Programa de Apoio à Produção, Promoção das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).
O responsável considerou que todos esses programas têm, na sua execução, o denominador comum da viabilização da participação da classe empresarial nos processos produtivos.
Nessa acepção, numa discussão levantada na reunião de auscultação sobre a edificação do Pólo Industrial do Namibe, o ministro que “faz todo o sentido que a questão envolva a classe empresarial” e que os industriais locais “têm a preferência” nas acções da implantação do complexo.
“É um tema que nós gostávamos muito de desenvolver com a colaboração da c l a s s e e mpresa r i a l do Namibe”, disse, acrescentando que foi também lançado um desafio em relação à promoção de infra-estrutura comercial, algo para o que também defendeu o envolvimento da classe empresarial local.