Jornal de Angola

Angola espera dificuldad­es diante dos moçambican­os

Olímpicos angolanos medem forças com Cabo Verde depois de terem dado pouca réplica no desafio inaugural

- Armindo Pereira |Benguela

As Selecções Nacionais seniores masculinas de basquetebo­l de Angola e de Moçambique centraliza­m as atenções, hoje, às 18h00, no Arena Acácias Rubras, para a segunda jornada do Torneio Internacio­nal Cidade de Benguela.

Este será o primeiro teste a doer do “cinco nacional”, na prova que serve de antecâmara para a terceira janela FIBA de apuramento para o Campeonato do Mundo da Ásia, do próximo ano, a decorrer em Abidjan, na Côte d'ivoire, de 27 de Junho a 5 de Julho.

Adivinha- se um j ogo renhido, pois os moçambican­os deixaram boa impressão diante dos cabo-verdianos, apesar do pouco tempo de preparação que a formação do Índico leva, como deixou c l a r o o t r e i n a d o r Miguel Mguambe.

Mais do que vencer, o selecciona­dor espanhol quer ver bem espelhados todos os aspectos que foram até aqui esquematiz­ados, tendo em conta o próximo compromiss­o internacio­nal no final do mês.

Ontem, o combinado de Honras derrotou, por expressivo­s 101-62, a Selecção B, num desafio onde o selecciona­dor Pep Clarós aproveitou para rodar o banco de suplentes e avaliar o estado de prontidão do grupo.

O extremo-poste Jilson Mbango foi o MVP do desafio, com 24 pontos, prestação insuficien­te para evitar o desaire da equipa secundária.

Muita entrega de ambas as partes, mas foi o combinado de Honras quem deu o primeiro sinal, com dois triplos de António Monteiro, e da defesa houve muita pressão sobre o portador da bola, de modo a fechar as linhas de passe e forçar os turnover (perdas de bola).

A movimentaç­ão da equipa trajada de branco deixou patente alguma falta d e d i s c e r ni mento, n o momento da tomada de decisão da formação contrária. Apolinário Paquete solicitou o primeiro desconto numa altura em que o resultado era desfavoráv­el (112), porque se impunha uma mudança de atitude.

Não foi diferente, e coube a Jilson Mbango dar o primeiro sinal com um lançamento exterior, para a Selecção B voltar a entrar no desafio em busca do equilíbrio. O conjunto orientado por Pep Clarós ficou cerca de quatro minutos sem converter, e respondeu com substituiç­ões.

Childe Dundão, Gerson Lukeny e Gerson Domingos fizeram questão de anular a tentativa dos compatriot­as tentarem equilibrar o desafio. O primeiro quarto terminou com o registo de 26-14, com vantagem para a Selecção principal.

Com o aumento da pressão dois contra um sobre o base José Calelessa, e os companheir­os não criavam linhas de passe, a Selecção B viu o resultado desfavoráv­el a dilatar- se. Jilson Mbango era o jogador que tentava remar contra a maré. Até ao meio do segundo quarto, o extremo-poste já tinha 15 pontos anotados.

Pouco depois foi substituíd­o depois de cometer a segunda falta pessoal, numa altura que a vantagem já estava acima dos 20 pontos. Ao intervalo maior, a Selecção de Honras vencia por 54-32, muito por conta da passividad­e defensiva do adversário.

O abrandamen­to competitiv­o do combinado B parecia não agradar ao selecciona­dor Pep Clarós, que pretendia ver dificuldad­e máxima idêntica a que vai encontrar na terceira janela FIBA qualificat­iva para o Mundial da Ásia, no próximo ano.

Durante o tempo de descanso, Clarós esteve reunido com os adjuntos Aníbal Moreira, Apolinário Paquete e Miguel Lutonda, por cerca de cinco minutos, muito provavelme­nte na busca de soluções para um desafio mais emocionant­e.

Na segunda metade, apesar da tentativa, o quadro manteve-se com o domínio absoluto do núcleo principal dos hendecacam­peões que pisaram fundo no acelerador para dilatarem a vantagem e saírem vitoriosos.

Será o primeiro teste a doer do “cinco nacional”, na prova que serve de antecâmara para a terceira janela FIBA de apuramento para o Campeonato do Mundo, do próximo ano, a decorrer em Abidjan

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RAFAEL TATI|EDIÇÕES NOVEMBRO Equipa de Honras impuseram respeito aos mais novos com vitória por numeros convincent­es

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