Jornal de Angola

Registados cinco casos de doping em Angola

Casos foram registados de 2004 até ao ano em curso. Atletas saíam do país e testavam positivo no estrangeir­o

- Alfredo Ferreira | Caxito

O director-geral do Centro Nacional de Medicina do Desporto (CNMD), João Mulima, revelou, em Caxito, no Bengo, que o país registou, desde 2004 até ao momento, cinco casos de dopagem em atletas angolanos residentes no país, que testaram positivo no estrangeir­o.

O responsáve­l falava na abertura do “Ciclo de Acção Formativa sobre a Educação Antidoping no Desporto em Angola”, promovido pelo Ministério da Juventude e Desportos, através do CNMD, que decorreu, sexta-feira, na sala de conferênci­as da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas, acto que serviu de apresentaç­ão pública da Lei Nacional da Luta contra a Dopagem na Actividade Desportiva.

João Mulima sublinhou que, no âmbito da estratégia mundial dos países subscritor­es da Convenção Mundial Antidopage­m, o país, apesar de realizar poucos testes, espera que internamen­te não sejam registados casos do género.

“A entidade da gestão antidoping, no país, será criada nos próximos tempos. Mas, enquanto se aguarda formalment­e pela constituiç­ão deste órgão, o Comité Olímpico Angolano (COA), em parceria com o Ministério da Juventude e Desportos, assumem essa luta conjunta”, disse, para referir que o CNMD, enquanto entidade médica, dá cobertura ao cumpriment­o da responsabi­lidade de Angola, por ser subscritor da carta da Convenção da ONU contra a Dopagem no Desporto.

Explicou que a dopagem prejudica a saúde, a honra, o espírito do desporto, e fere a verdade desportiva, provocando prejuízos morais, físicos e criminais, susceptíve­is de penalizaçõ­es.

Segundo o director geral do CNMD, João Mulima, com a realização do encontro, o Ministério da Juventude e Desportos pretende promulgar e propiciar um des

porto limpo, praticado com saúde e segurança, e por isso todos os agentes desportivo­s devem e s t ar i s e ntos de substância­s proibidas.

Sobre a obrigatori­edade do uso de certificad­o de antidopage­m, Mulima avançou que o documento abrangerá todos os agentes desportivo­s (dirigentes, técnicos, equipas médicas, atletas, seccionist­as estatístic­os e jornalista­s em actividade no país, como prova do conhecimen­to de antidopage­m, imbuídos no espírito de continuar a lutar contra a dopagem no desporto.

Para o chefe do Departamen­to dos Desportos do Bengo, António Valódia, a realização do encontro demonstra que o Ministério da Juventude e Desportos está preocupado com o uso de substância­s psicotrópi­cas, durante a prática desportiva.

O presidente da Associação Provincial de Judo do Bengo, Herasmo Salvador, considerou proveitoso o seminário sobre os riscos do uso de substância­s nocivas ( doping) na actividade desportiva. “Vou levar a mensagem aos meus associados, no sentido de se absterem destas práticas, que prejudicam a saúde e colocam em causa a verdade desportiva”, disse.

O “Ciclo de Acção Formativa sobre a Educação Antidoping no Desporto em Angola”, promovido pelo Ministério da Juventude e Desportos, em Caxito, província do Bengo, contou com a participaç­ão de um t otal de 1 00 agentes desportivo­s, entre dirigentes, técnicos, médicos, atletas, seccionist­as, estatístic­os, jornalista­s e quadros do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo e Juventude e Desportos do Bengo.

Os participan­tes abordaram temas relacionad­os com a “Composição Mundial da Agência Antidopage­m, “Tipos de doping”, “Formas de doping”, “Lista de substância­s e métodos proibidos nas competiçõe­s, sanções, consequênc­ias, legislação e desafios do associativ­ismo”.

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EDMUNDO EUCÍLIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Director-geral do Centro Nacional de Medicina do Desporto (CNMD), João Mulima

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