Jornal de Angola

Obras em Caculo Cabaça retomam o curso normal

- Leonel Kassana | Caculo Cabaça

O projecto de construção do aproveitam­ento hidroeléct­rico de Caculo Cabaça, no médio Kwanza, cerca de 50 quilómetro­s da vila do Dondo, na província do Cuanza-norte, volta a retomar as actividade­s, depois da assinatura, ontem, de um memorando de entendimen­to entre os representa­ntes dos trabalhado­res e o consórcio chinês CGGC (China Gezhouba Group Corporatio­n), responsáve­l pela empreitada.

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que acompanha o processo desde que despoletou, em 2019, voltou à Caculo Cabaça, para testemunha­r a cerimónia de assinatura do acordo que põem fim ao “braço de ferro”, tendo felicitado as partes pelos resultados alcançados, fruto do diálogo e “bom senso”.

Baptista Borges apelou aos representa­ntes dos trabalhado­res e do empreiteir­o a manterem sempre abertas as portas do diálogo. “O diálogo é importante e esta porta não deve se fechar, para que reivindica­ções decorrente­s e outras condições exigíveis e que concorram para melhoria das condições dos trabalhado­res possam ser, também, apresentad­as”, referiu, destacando a importânci­a do Caculo Cabaça para a electrific­ação de Angola.

Avaliado em cerca de cinco mil milhões de dólares, a futura hídrica de Caculo Cabaça, é parte das barragens a serem erguidas no médio kwanza, onde já estão as de Cambambe, Capanda e Laúca, as duas últimas na província de Malanje. Trata-se do maior investimen­to público no sector em Angola e vai produzir 2.172 megawats.

Aumento salariais, melhoria das condições laborais, alimentaçã­o e assistênci­a médica e medicament­osa são algumas das exigências apresentad­as ao consórcio num caderno reivindica­tivo dos trabalhado­res das obras de Caculo Cabaça.

A situação havia atingido alguma gravidade, com alguns trabalhado­res a partirem para a vandalizaç­ão de viaturas, geradores eléctricos, materiais de escritório, frigorífic­os, cabos eléctricos, portas, janelas e outros bens patrimonia­is, como referia, na altura, um comunicado da Policia Nacional.

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