Protestos marcam entrega de candidatura da UNITA
Grupo de apoiantes repudia nome de Abel Chivukuvuku e de outras figuras da sociedade civil na lista para deputados
A entrega da candidatura da UNITA ao Tribunal Constitucional (TC), no quadro da participação do partido nas Eleições Gerais de 24 de Agosto, foi marcada, ontem, por protestos de um grupo de apoiantes que repudiava a inclusão do político Abel Chivukuvuku na lista de candidatos a deputados à Assembleia Nacional.
O grupo de manifestantes postou-se defronte às instalações do Tribunal Constitucional, exibindo cartazes com os seguintes dizeres: "Abel Chivukuvuku e seus sequazes na lista da UNITA não", "Abel Chivukuvuku não és bem vindo na UNITA", "O partido não é propriedade do ACJ para fazer e desfazer", e "Não façam da UNITA o meio para salvar preguiçosos". A acção aconteceu, justamente, na altura em que o mandatário da campanha do partido, Horácio Junjuvile, e o secretário-geral desta organização política, Álvaro Daniel, procediam à entrega ao TC das não menos de 15.500 subscrições que a lei determina, para garantir a participação de partidos e coligações políticas no pleito eleitoral.
Em declarações à imprensa, no final da cerimónia, o secretário-geral do partido confirmou Adalberto da Costa Júnior como cabeça de lista da UNITA às quintas Eleições Gerais de Agosto próximo, e o político Abel Epalanga Chivukuvuku como segundo da lista.
Referiu ainda que na lista constam nomes de várias sensibilidades do mundo político e empresarial, e de outras ligadas a organizações políticas, e membros da sociedade civil. Contrariando, de forma bastante clara a vontade dos manifestantes presentes no TC, Álvaro Daniel respondeu que estes "são livres de pensar, mas a UNITA também é livre de traçar e implementar a sua estratégia".
O secretário-geral da UNITA salientou que a candidatura do seu partido é de vitória e representa uma transição geracional. Indicou que importantes figuras preferiram, de forma voluntária, deixar espaço para as novas gerações, permitindo que entrem para o Parlamento quadros jovens com competência técnicoprofissional para se melhorar a qualidade do debate na Assembleia Nacional.