CISP coloca terminais telefónicos na lista negra
O Centro Integradode Segurança Pública (CISP), no Huambo, registou, desde a sua implementação, a 26 de Junho do ano passado, um milhão, 494 mil e 755 chamadas telefónicas falsas de emergência, tendo colocado mais de 11 mil terminais tefefónicos na “lista negra”, anunciou, ontem, a delegação provincial do Ministério do Interior.
O delegado em exercício do Ministério do Interior na província do Huambo, José Pinto, descreveu a situação como preocupante, tendo justificado que o número de indivíduos que violam, sistematicamente, os canais, efectuam chamadas abusivas para o 111, demonstra uma tendência crescente. Durante as chamadas, disse, os indivíduos maltratam verbalmente o efectivo em serviço.
No cômputo geral, o CISP recebeu, no primeiro ano de funcionamento na unidade no Huambo, segundo o responsável, um milhão 523 mil e 308 chamadas, sendo que apenas 28 mil 523 foram verdadeiras. José Pinto prestou a informação à Angop, durante as comemorações do primeiro aniversário da instituição, assinalado ontem.
Face à realidade, José Pinto disse que o sistema inseriu 11 mil 590 terminais telefónicos na lista "negra", pelo facto de os seus proprietários prestarem informações falsas e ofensivas aos operadores. Desta forma, "o CISP pretende disciplinar os prevaricadores". O delegado em exercício do Ministério do Interior no Huambo, José Pinto, apelou aos cidadãos a fazerem o uso correcto dos canais de denúncias e queixas colocados à disposição, evitando, desta forma, práticas que retiram a possibilidade de ajuda a pessoas com situações reais de assistência.
Ao longo deste período, disse, o Cisp-huambo visualizou, através da sala de vídeovigilância, 45 mil 919 ocorrências diversas. José Pinto precisou que das ocorrências visualizadas constam 22 mil 348 actos de violação às normas do Código de Estrada, 12 mil 342 de desobediência à Situação de Calamidade Pública, no âmbito das medidas de prevenção e combate à Covid-19. Foram igualmente visualizados 11 mil 158 actos de transgressão administrativa, 19 acidentes de viação, 24 identificações de indivíduos envolvidos em delitos e 28 cidadãos desmaiados na via pública.
José Pinto considerou que o CISP é um importante órgão para a estratégia da segurança pública, por gerar e agregar valores tecnológicos às acções policiais, principalmente na prestação de apoio técnico e operacional, além de articular as forças em serviço com o sistema integrado de operações e socorro.
A delegação do Ministério do Interior no Huambo pretende expandir os pontos de cobertura com vídeo-vigilância, assim como o reforço das acções de formação do efectivo, com vista a servir, com rigor, a segurança pública. O CISPHuambo está equipado com tecnologia de ponta para atender a monitorização e prevenir os índices de sinistralidade rodoviária e de criminalidade.
O sistema comporta 74 câmaras de vídeo-vigilância, devidamente instaladas nos arredores e artérias da cidade do Huambo. O CISP tem a previsão de instalar, até ao final deste ano, 18 infra-estruturas, sendo duas de âmbito nacional e 16 provinciais com um orçamento de 315 milhões de dólares norte-americanos. O seu funcionamento é assegurado por mais de 154 quadros, entre efectivo das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional, dos Serviços de Migração e Estrangeiros, de Investigação Criminal, de Protecção Civil e Bombeiros e Penitenciários, incluindo técnicos do Instituto Nacional de Emergências Médicas (INEMA).