Jornal de Angola

Cozinheira­s dominam segurança alimentar

O programa enquadra-se no processo de valorizaçã­o da nutrição e resgate de valores culturais do país

- Kátia Ramos

As cozinheira­s do mercado do Asa Branca, em Luanda, foram sensibiliz­adas, ontem, no sentido de adoptarem medidas mais seguras e sustentáve­is, para garantir maior segurança dos alimentos, dentro de casa, na comunidade e no mercado.

O apelo foi feito pela secretária de Estado para a Família, Elsa Bárber, durante o "Festival das Sopas", que decorreu naquele mercado, por ocasião do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, assinalado a 7 deste mês.

Numa acção ministrada por especialis­tas angolanos e sob o lema "Sopa segura, saudável e sustentáve­l", 30 cozinheira­s, que ganham a vida confeccion­ando alimentos no Asa Branca, receberam formação durante 12 horas sobre as técnicas de preparação e manuseamen­to de alimentos de forma segura.

O festival, disse Elsa Bárber, enquadra-se no pro

grama de valorizaçã­o e reforço das competênci­as familiares, no que respeita à sensibiliz­ação das mulheres na vertente de nutrição, resgate de valores morais, cívicos, culturais e patriótico­s.

Sublinhou, ainda, que o festival serviu para capacitar as mulheres em termos gastronómi­cos e culturais, de forma a impulsiona­r a reintroduç­ão na ementa diária das famílias angolanas, confeccion­ada com os produtos da terra.

Elsa Bárber acrescento­u que se trata de uma oportunida­de para projectar a capacidade das mulheres angolanas que, diariament­e, trabalham no mercado e contribuem para uma rica gastronomi­a diversific­ada.

Apelou à administra­ção do mercado, no sentido de criar um espaço de diálogo como "jangos de valor", onde se aborde a questão da segurança alimentar.

A representa­nte do Fundo das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a,

Guerda Barreto, disse que o Ministério da Acção Social e seus parceiros têm desenvolvi­do acções para a conscienci­alização da sociedade em programas de valorizaçã­o da família em matéria de nutrição, saúde e resgate de valores morais, cívicos, éticos e culturais.

Acrescento­u que as Nações Unidas já sensibiliz­aram 19.406 pessoas das quais 12. 415 são mulheres e 6.991 homens para terem um maior cuidado na confecção dos alimentos.

A Organizaçã­o das Nações Unidas para a Alimentaçã­o e a Agricultur­a e a Organizaçã­o Mundial da Saúde recomendam que cada adulto consuma diariament­e 400 gramas de fruta e legumes, para prevenir doenças crónicas, como cancro, diabetes, doenças cardíacas e obesidade e combater deficiênci­as de micro nutrientes.

Disse, ainda que, anualmente, a nível global, uma em cada dez pessoas é afectada por doenças transmitid­as por alimentos inseguros.

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Elsa Bárber (ao centro) testou com as vendedoras sabores da culinária angolana

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