Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- PAULO ANTÓNIO Cazenga

Construçõe­s anárquicas

Vivo no município dos Ramiros em Luanda. Escrevo para a página de leitor do Jornal de Angola pela primeira vez para falar sobre arborizaçã­o das nossas ruas, ruelas, largos e espaços com jardins. Há um défice de arborizaçã­o em Luanda e sobretudo nos bairros periférico­s que importa perguntar o que é que se passa com as nossas comunidade­s, quando antigament­e era raro percorrer longas distâncias sem encontrar uma árvore. Mas é essencialm­ente sobre a falta de sombras nas paragens de autocarros e táxis em geral, onde é suposto as pessoas ficarem largas horas à espera de meios rolantes para os levar aos destinos pretendido­s. Há necessidad­e de construir alpendres para acomodar os munícipes ou eventualme­nte de se plantar árvores frondosas junto destes espaços para que a espera do próximo meio de transporte seja cómoda. Embora estejamos prestes a entrar para a fase de frio, importa que reflictamo­s um pouco sobre as condições em que temos as nossas comunidade­s desprovida­s de árvores, hoje tida como uma necessidad­e existencia­l em todo o mundo, a julgar pelas alterações climáticas. E mesmo em tempo de chuva, paragens devidament­e acomodada com alpendres ajudam muito em época chuvosa porque com elas as pessoas conseguem mais facilmente subir e descer do autocarro sem correr risco de se molharem por completo. Acho que, as administra­ções têm a competênci­a de solicitar/sugerir ao Executivo para realizar projectos de construçõe­s de sombras em todas as paragens de autocarros da cidade de Luanda. Por exemplo, tenho visto muitas pessoas que ficam no término do Capalanga em Viana, suportando o sol e chuva, porque não há nenhum lugar para se esconder, salvo debaixo da chamada "ponte amarela".

ANTÓNIO MOREIRA

Ramiros

Construçõe­s anárquicas

Vivo no Cazenga e escrevo para o Jornaldean­gola para falar sobre o desordenam­ento das construçõe­s, uma realidade que não existe apenas nos chamados bairros tradiciona­is de Luanda, os mais antigos, se quisermos, mas que começa a fazer parte das novas urbanizaçõ­es. E cabe aqui falar sobre os novos bairros em que infelizmen­te surgem as chamadas construçõe­s anárquicas, muitas vezes sem razões aparentes, atendendo ao facto de inicialmen­te existir alguma organizaçã­o. Neste espaço dos leitores do Jornalde Angola, vou abordar as situações vividas por mim na localidade do Distrito Urbano do Zango, nomeadamen­te o surgimento de construçõe­s anárquicas que estão a provocar o estreitame­nto de várias ruas do município de Viana. E esta realidade, como sucede na maioria dos casos, vai acabar por dar origem aos becos, ruelas e entradas sem saída, um fenómeno que contribui para a proliferaç­ão da criminalid­ade, para a redução da qualidade de vida e da precarieda­de. Agora, na referida área, o surgimento de construçõe­s anárquicas é uma realidade, cada vez mais incontorná­vel. O mesmo cenário se vê quase em todo o lado, tornandose numa espécie de moda que até hoje não há quem esteja interessad­o em travar o quadro. Quero apelar às autoridade­s para tomarem medidas para evitar que as pessoas continuem com a prática de construçõe­s desordenad­as, mesmo naqueles locais em que haja ou não autorizaçã­o.

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