Jornal de Angola

Experts no branqueame­nto de capitais trabalham em Angola

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Uma equipa do Grupo de Prevenção ao Branqueame­nto de Capitais da África Oriental e Austral (ESAAMLG) chega, amanhã, ao país, no quadro da avaliação mútua a que Angola está submetida desde Outubro de 2021.

O aguardado grupo de experts, será composto por 15 especialis­tas dos Estados Unidos, Portugal, Botswana, Moçambique, Malawi, Lesotho, Namíbia e Etiópia. Integram ainda a comitiva, especialis­tas do Zimbabwe, África do Sul, Tanzânia e Quénia, de acordo com o documento a que a Angop teve acesso.

A avaliação mútua inloco do sistema financeiro angolano vai decorrer de 27 de Junho a 15 de Julho, depois do envio ao ESAAMLG do draft com 500 páginas de respostas sobre o sistema financeiro do país.

A avaliação será baseada em encontros com representa­ntes dos sectores e várias instituiçõ­es, incluindo os órgãos supervisor­es e reguladore­s do sistema financeiro, assim como com a própria Unidade de Informação Financeira (UIF) de Angola.

Entre as instituiçõ­es a consultar estão o Banco Nacional de Angola (BNA), a Comissão do Mercado de Capitais (CMC), a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), a Administra­ção Geral Tributária (AGT), o Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) e a Procurador­ia-geral da República (PGR), entre outras entidades que são supervisio­nadas por essas instituiçõ­es. A avaliação mútua de Angola pelo Sistema de

Prevenção e Combate ao Branqueame­nto de Capitais, Financiame­nto ao Terrorismo e Proliferaç­ão de Armas de Destruição em Massa iniciou no dia 18 de Outubro de 2021 e prevê terminar entre finais de Março e o princípio de Abril de 2023.

Nesse período, o relatório do país será discutido, em Arusha, Tanzânia. O relatório final vai permitir que Angola

identifiqu­e as deficiênci­as do seu sistema financeiro, ao mesmo tempo que trará propostas sobre as melhores vias

para a resolução destes, os principais actores e metas para os solucionar.

Em Agosto de 2012, o Conselho de Ministros da ESAAMLG aprovou e adoptou o primeiro Relatório de Avaliação Mútua da República de Angola, depois de discutido por altos funcionári­os desse organismo.

O relatório de 2012 resumiu o quadro ABC/CFT, isto é, Prevenção ao Branqueame­nto de Capitais e Financiame­nto ao Terrorismo e Proliferaç­ão de Armas de Destruição em Massa na República de Angola.

Em 2010, Angola foi incluída na “lista negra” do organismo, tendo sido considerad­a uma jurisdição não cooperante, devido às fragilidad­es do sistema financeiro.

Já em 2016, transitou para a “lista cinzenta”, deixando de ser considerad­a uma jurisdição de alto risco. Porém, este processo teve um impacto negativo no sistema financeiro nacional, afastando bancos correspond­entes dos Estados Unidos, numa relação que ainda hoje se procura restabelec­er.

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DR Grupo de prevenção ao branqueame­nto de capitais que chega a Angola é composto por 15 especialis­tas

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