Empresários egípcios sondam oportunidades
O embaixador do Egipto em Angola, Mohamed Safwat, perspectivou, para breve, o aumento exponencial do volume de investimentos em Angola por empresas egípcias, controlado que está a Covid-19.
À margem do Fórum de Negócios Angola-egipto, que decorre desde ontem, até sexta- feira, o diplomata sublinhou que o controlo da pandemia permite a melhoria significativa do ambiente de negócios e o reforço das relações bilaterais.
Promovido pelo Conselho de Exportação de Engenharias do Egipto (Engineering Export Council of Egipt), o fórum conta com a participação de 15 das maiores empresas daquele país, que buscam oportunidades de negócios.
O embaixador Mohamed Safwat referiu que as relações bilaterais entre ambos os países registaram avanços significativos, sobretudo na área do Comércio, após a visita efectuada ao Egipto pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, a frente de uma grande delegação de empresários angolanos.
O volume de investimento proveniente do Egipto, de acordo com o embaixador, poderia ser muito superior, mas as limitações nos movimentos, devido a pandemia, condicionou essa perspectiva, estando actualmente situado em cerca de 3,0 mil milhões de dólares.
A visita do ministro das Relações Exteriores ao Egipto, acompanhado de uma grande delegação, serviu de base para que os nossos empresários respondessem com a sua vinda a Angola, “razão pela qual este Fórum conta com a presença de 15 das maiores empresas que operam nos ramos da engenharia e indústria, as quais, certamente, farão bons negócios com parceiros angolanos”, disse Mohamed Safwat.
Vantagens comparativas podem favorecer Angola
As vantagens comparativas do Egipto nas indústrias de engenharias, no domínio dos transportes, electrotécnica, equipamentos agrícolas e diversos, cujas exportações dos últimos dois anos estão avaliadas em 6,15 mil milhões de dólares, constituem um indicador plausível de um parceiro económico estratégico para Angola.
A constatação foi feita, ontem, pelo embaixador de Angola no Egipto, Nelson Cosme, quando prestava declarações aos jornalistas, à margem do Fórum AngolaEgipto, dando conta que, “neste domínio, as exportações do Egipto para Angola representam apenas 0,15 por cento”.
“Daí a presença deles cá, no sentido de verem se podem desenvolver, com os parceiros angolanos, esses importantes sectores industriais, para a dinamização da economia e o aumento do comércio e das exportações, de modo a alcançarmos a diversificação e sustentabilidade da economia nacional”, disse.
As diferenças entre os dois países, na visão do diplomata, devem ser aproveitadas como oportunidades no mundo de negócios bastante competitivo, hoje, “sem perder de vista em que segmento devemos nos situar, para alavancar a nossa economia e torná-la sustentável, por intermédio da industrialização”.
Manuel Cosme sublinhou o facto de o Egipto ser detentor de alta tecnologia, conhecimento (know how), considerado um país milenar, como elemento que pode contribuir, primeiro, para a cooperação “sul-sul”, no âmbito da Zona de Comércio Livre, aumentar o comércio inter-africano e cumprimento da Agenda Africana 2063.
Secretário de Estado exorta parceria com vantagens recíprocas
O secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, exortou, em nome do Executivo, os investidores egípcios e angolanos a aproveitarem as oportunidades que os dois países têm, para o estabelecimento de parcerias com vantagens recíprocas.
“É uma honra estar com empresários interessados em incrementar os negócios entre Angola e o Egipto. Estou seguro de que esta missão configura uma excelente oportunidade e iniciativa para os empresários aprofundarem o diálogo, trocarem ideias e manifestarem intenções sobre as diferentes oportunidades de negócios existentes em Angola, fruto do ambiente atractivo que se verifica actualmente no nosso país”, avançou.
Domingos Vieira Lopes felicitou as representações diplomáticas dos dois países pelo empenho na preparação do fórum empresarial, cujo principal objectivo, segundo afirmou, é de aumentar o comércio bilateral entre os dois países e avaliar oportunidades de investimentos, particularmente nas áreas dos Transportes, Indústria e Equipamentos.
“Encorajamos e convidamos os empresários e investidores a encararem as oportunidades de investimento que o nosso país oferece rumo à prosperidade, ao mesmo tempo que encorajamos os empresários angolanos a aproveitar esta excelente oportunidade, para estabelecer parcerias com vantagens recíprocas”, almejou.