Missão militar da CEDEAO esclarece estatuto no terreno
O comandante da Missão de Estabilização e Segurança da Guiné-bissau da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, brigadeiro-general Alhassan Cirema, disse, ontem, que a força não substitui os militares e polícias do país, mas que os complementa.
“Durante as visitas que fizemos a nossa mensagem foi constante e clara: Não estamos aqui para substituir as forças de defesa e segurança da Guiné-bissau, estamos aqui para as complementar”, afirmou Alhassan Cirema, citado pela Lusa.
O brigadeiro-general nigeriano que chefia a missão falava na cerimónia oficial de instalação da força no país, que contou com a presença do chefe de Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-bissau, general Biagué Na N'tan, dos ministros da Defesa, Marciano Barbeiro, e do Interior, Botche Candé, e de outras chefias militares guineenses bem como dos embaixadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no país. No seu discurso, o comandante da Missão de Estabilização e Segurança da Guiné-bissau (MSSGB) esclareceu que estão no país na sequência de um pedido feito pelo Governo guineense.
A missão chegou ao país em 14 de Abril e é composta por 631 militares e polícias da Nigéria, Senegal, Ghana e Côte d’ivoire, tendo no comando da força a presença de elementos de todos os paísesmembros da CEDEAO.
“O mandato desta missão envolve apoiar as forças de defesa e segurança na estabilização da Guiné-bissau, apoiar a segurança e protecção do Presidente, de autoridades específicas, protecção de civis, segundo o direito internacional humanitário”, sublinhou o brigadeiro-general.
O comandante da MSSGB esclareceu que até ao momento estão destacadas forças na Presidência da Guiné-bissau, no Palácio do Governo e nos Ministérios da Defesa e do Interior. Uma missão médica militar da Côte d’ivoire está instalada no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, para “atender às necessidades dos guineenses”, disse.
“Pedimos a todas as partes interessadas para demonstrarem boa vontade na estabilização para conseguirmos alcançar a paz e segurança no interesse da Guiné-bissau e do seu povo. A nossa prioridade é promover a paz e segurança no país e pretendemos fazê-lo com neutralidade e imparcialidade”, afirmou o brigadeiro-general, pedindo o apoio de todos para a implementação do mandato.