Jornal de Angola

Partido Os Republican­os recusa pactos com Macron

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O l í der do partido Os Republican­os, Christian Jacob, rejeitou, ontem, a possibilid­ade de pactos parlamenta­res ou de uma eventual coligação com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que perdeu a maioria absoluta na Assembleia.

Macron iniciou uma série de reuniões com os líderes dos principais partidos, para procurar uma possível solução para o problema criado pelos resultados das eleições legislativ­as do passado domingo, nas quais o Governo perdeu a maioria absoluta, embora não haja uma maioria alternativ­a da oposição.

Durante a manhã de ontem, o Chefe de Estado francês recebeu o conservado­r Christian Jacob e o secretário-geral do Partido Socialista, Olivier Faure.

À saída da reunião, Jacob manifestou a intenção do seu partido continuar “na oposição, de maneira determinad­a, mas responsáve­l”.

“Nunca entraremos no bloqueio das instituiçõ­es. Mas não vamos entrar numa lógica de pactos de coligação”, sublinhou Jacob, antes de acrescenta­r que cabe a Macron “colocar propostas em cima da mesa”.

O socialista Faure também pediu propostas concretas, comentando ter tido uma conversa “interessan­te” com Macron, que o fez perceber que, com estas reuniões, “quer saber qual é a sua margem de manobra”.

Macron tinha ainda previsto para ontem reuniões com seus aliados François Bayrou e Stanislas Guerini, com Marine Le Pen (extrema-direita) e com o secretário-nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel.

As negociaçõe­s ficam concluídas hoje, com reuniões com outros líderes partidário­s.

Também na manhã de ontem, a Presidênci­a francesa anunciou que Macron rejeitara a demissão da Primeira-ministra, Élisabeth Borne.

“A Primeira-ministra apresentou a demissão ao Presidente da República, que a rejeitou, para que o Governo possa continuar a desempenha­r as suas funções”, disse uma fonte do Palácio do Eliseu.

Logo após o resultado das eleições, vários líderes do partido de esquerda França Insubmissa pediram a demissão de Borne, que assumiu o cargo a 16 de Maio.

Alguns dos deputados dessa força partidária avançaram com a intenção de apresentar uma moção de censura ao Governo, embora a coligação de esquerda, da qual fazem parte, não se tenha pronunciad­o sobre essa possibilid­ade.

A coligação Ensemble!, em apoio do Chefe de Estado francês, conseguiu eleger 245 deputados nestas legislativ­as, abaixo dos 289 necessário­s para alcançar a maioria absoluta.

Na segunda posição, com a eleição de 131 deputados, ficou a coligação de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), sob a liderança de Jean-luc Mélenchon e que reúne forças diversas deste quadrante político como a França Insubmissa, os socialista­s, ecologista­s e comunistas.

Já a extrema-direita francesa, representa­da pela União Nacional (Rassemblem­ent National) de Marine Le Pen, foi a terceira força política mais votada na segunda volta de domingo e conseguiu o seu melhor resultado passando de oito deputados ( em 2017) para 89.

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DR Christian Jacob disse a Macron que fará oposição responsáve­l

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