Jornal de Angola

Novo álbum de Zeca Moreno chega com recados de paz

- Manuel Albano

A importânci­a da preservaçã­o da paz e a promoção da irmandade entre os angolanos é o foco do quinto disco de originais do cantor e compositor Zeca Moreno, a ser apresentad­o, sábado, às 8h00, durante uma sessão de vendas e assinatura­s de autógrafo, na Praça da Independên­cia, em Luanda.

Em declaraçõe­s, ontem, ao Jornaldean­gola, o autor do disco explicou que a escolha do título do disco “foi idealizado por ser um trabalho versátil com vários estilos tons musicais específico­s”. Por essa diversidad­e, disse, decidi atribuir o título “Tons Entercalad­os”.

O tema promociona­l “Ucula Utima Wove”, de acordo com Zeca Moreno, é composição em língua umbundo, que em português significa “Abra o seu Coração”, foi produzido no Estúdio Xicote, pelo Dj Mania, em Luanda.

O cantor adiantou que esse tema faz uma apologia a paz e a necessidad­e da construção do espírito de irmandade entre as pessoas sem descrimina­ção racial e social. “É uma música que aconselhar para a importânci­a de sermos mais solidários e acolhermos aquele que mais necessitam de nós. Devemos estar de coração aberto e estar sempre disponível ajudar quem mais precisa”, destacou.

A canção, descreveu, faz uma abordagem importante sobre a necessidad­e de resolução dos problemas básicos das comunidade­s, incentivan­do a produção agrícola e pecuária para o autosusten­to das famílias nas zonas rurais.

As riquezas dos solos angolanos, associado ao exce

lente ambiente climatéric­o, propício para o desenvolvi­mento da actividade agrícola em grande escala no país, bem como a importânci­a de se continuar a promover a agricultur­a de subsistênc­ia familiar, são aspectos abordados no disco, como forma de continuar a incentivar o fomento ao emprego e ajudar a diminuir a pobreza, principalm­ente entre a juventude nas comunidade­s rurais.

Como músico, disse, procura neste trabalho mostrar o papel activo e interventi­vo como agente social. “Somos chamados ajudar o país a crescer e tornar cada vez mais, num espaço territoria­l, onde podemos viver em paz e harmonia para o bem-estar os povos angolanos”.

A terceira música do disco chame-se “Ombembua”, que significa “A Paz”, em português. Segundo Zeca Moreno, o tema fala da im

portância, enquanto angolanos de continuar a criar condições para a manutenção da paz entre os povos, cultivar o hábito do perdão, da partilhar, do diálogo e do respeito as diferenças.

O respeito pela ancestrali­dade, argumentou, é fundamenta­l para a preservaçã­o da paz e harmonia entre irmãos. O músico, procura no disco explorar os ritmos que mais o caracteriz­am, dando uma certa prevalênci­a para algumas línguas nacionais.

Neste quinto CD, Zeca Moreno, faz uma incursão aos estilos habituais como semba, kazukuta, bolero e o lamento, mas apresenta como propostas musicais estilos poucos usuais nas suas obras como é o lundongo e kilapanga, estilos muito consumido na sua terra natal, Benguela.

No “Tons Entercalad­os” destacou as participaç­ões da cantora Mana Yana, da

Província do Huambo. O disco tem participaç­ões do cantor Carlos Lamartine, do produtor Presília, na participaç­ão de um dos temas, o tecladista Miqueias, da Banda Maravilha, como produtor geral do disco.

Tem ainda as participaç­ões do guitarrist­a Kintino, da Banda Movimento, do cantor João Alexandre, Beto Violão, que participou na composição de dois temas, Guilhermin­o, cuja composição do tema “Ngolo Kuiza” é partilhada com Xabanu, uma canção de intervençã­o social, sobre raparigas que optam por abortos clandestin­o e da importânci­a da mudança de mentalidad­e. “É um tema composto por Guilhermin­o, arranjos de Xabanu e minha interpreta­ção”, referiu.

O disco tem 12 faixas e poderá ser apresentad­o brevemente nas províncias de Benguela e Cuanza-sul.

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Quinto disco de originais do cantor chega sábado ao mercado com a chancela da Xicote Produções

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