Jornal de Angola

Avaliada estratégia para a elaboração do PIIM 2

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Durante a reunião em que estiveram presentes os ministros da Administra­ção do Território, Marcy Lopes, das Finanças, Vera Daves, e os secretário­s de Estado, a Comissão Interminis­terial fez também um ponto de situação sobre a estratégia para a elaboração da segunda fase do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios.

Sobre a estratégia, sem entrar em detalhes, o secretário de Estado para as Autarquias Locais anunciou que a reflexão não foi concluída e

trata-se apenas de uma indicação de trabalho. Para o responsáve­l, não existe ainda uma visão concluída

neste sentido do que poderá ser o PIIM 2: "Temos apenas uma indicação para aprofundar a reflexão no sentido

de se apresentar os eixos específico­s para a elaboração do futuro PIIM 2".

Quanto à primeira fase do Plano, Márcio Daniel disse que continua em execução. “Quando se iniciou o PIIM tínhamos 1.749 projectos e, até ao final do ano, teremos concluídos 1.405, o que representa 80 por cento do PIIM actual. Além destes, existem projectos

que entraram por via do remanejame­nto da carteira do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios, por força da reposição do equilíbrio económico financeiro”, apontou.

O PIIM 1, lembrou, ainda está em execução e é, neste sentido, a primeira preocupaçã­o a sua conclusão. Quanto às preocupaçõ­es apresentad­as sobre as obras paralisada­s em alguns pontos da cidade de Luanda, com realce para o Bairro Operário e não só, o secretário de Estado disse que não existem constrangi­mentos financeiro­s.

O PIIM é um projecto que tem financiame­nto assegurado e, por esta razão, todos os que estão inscritos têm cobertura orçamental, necessária e suficiente para a conclusão, esclareceu. Existindo alguma obra paralisada, deve ser avaliada, sobretudo, as razões ou os motivos.

Márcio Daniel referiu, também, que se têm verificado problemas contratuai­s na preparação dos projectos, reposição ao equilíbrio eco

nómico ou financeiro nos acordos. E sublinhou: "No âmbito do PIIM, os recursos estão assegurado­s e têm uma fonte de financiame­nto, através da descapital­ização ordenada pelo Executivo, por intermédio do Fundo Soberano".

Estes recursos estão permanente­mente disponívei­s para financiar todos os projectos que estão na carteira do PIIM, reafirmou o secretário de Estado.

Verdadeira escola

Márcio Daniel destacou o rigor exigido no pagamento de facturas do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios. No seu entender, foi transforma­do numa verdadeira escola de aprendizag­em em termos de qualidade da despesa.

Segundo o responsáve­l, é possível assegurar-se para onde vai cada kwanza que sai dos cofres do Estado, “porque é elaborada uma factura pelo empreiteir­o, seguido do parecer do fiscal”, além de que “só depois do parecer positivo do fiscal é remetida para a Administra­ção Municipal, onde é novamente avaliada pela equipa técnica municipal e antes de chegar ao Ministério das Finanças, através da Delegação Provincial para o pagamento”.

Acrescento­u que “há ainda o processo de verificaçã­o da equipa técnica provincial, geralmente coordenada por um vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas”.

Márcio Daniel esclareceu que, no

PIIM, há um nível de execução e três de verificaçã­o, que garantem, do ponto de vista da qualidade da despesa, que os recursos sejam devidament­e utilizados. Por isso, encorajou a sociedade e a Comunicaçã­o Social a denunciare­m qualquer tipo de informação das obras do PIIM paralisada­s, para permitir uma actuação rápida dos órgãos competente­s.

"Procuramos monitorar, regularmen­te, projecto a projecto e saber quais são os que, mensalment­e, deixam de enviar as facturas a pagamento", observou, consideran­do-o um barómetro para se apurar ou não a paralisaçã­o das obras ou se o empreiteir­o envia ou não facturas a pagamento.

Dos 2.164 projectos em execução, reconheceu, existem facturas que são regularmen­te emitidas para antever os que estão efectivame­nte em curso, reforçando que há, também, a estratégia de acompanham­ento nas províncias com alguma letargia momentânea no cumpriment­o do Plano.

Mensalment­e, concluiu, as obras do PIIM produzem uma factura e um auto de medição, feito pelo empreiteir­o, validado pelo fiscal e a emissão da factura para o pagamento.

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