IGAE regista avanço na actuação desde 2018
A Inspecção-geral da Administração do Estado (IGAE) registou na base de dados, de 1992 até finais de 2017, um único processo inspectivo referente à antiga direcção do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), foi revelado, ontem, em Luanda.
Segundo o inspector-geral Sebastião Gunza, que falava na 7ª edição do Café CIPRA sobre “o combate à corrupção
e a recuperação de activos”, referiu que, antes da entrada em funcionamento do actual Governo, a IGAE tinha apenas, sob a missão inspectiva à gestão pública, o caso da antiga direcção do SME, ocorrido em Abril de 2018.
Lembrou que os autores deste caso foram julgados e condenados por crimes de peculato, falsificação de documentos e burla por defraudação. O inspector-geral da IGAE disse que este quadro foi alterado em 2018, altura em que entrou em funcionamento o actual Governo.
Salientou que, de lá para cá, foram autuados, em flagrante delito e consequentemente detidos, mais de 80 funcionários públicos, muitos dos quais julgados e condenados por diversos crimes.
Sebastião Gunza informou que, além das detenções, houve, também, um aumento exponencial da cultura da denúncia, queixa, reclamações e confiança no ambiente de negócios nos i nvestidores estrangeiros.
A actuação inspectiva da IGAE na gestão da coisa pública, frisou, fez subir, significativamente, a posição de Angola no rankingda Transparência Internacional, bem como permitiu a recuperação de vários activos do Estado.
Durante esta legislatura, prosseguiu, o Estado angolano recuperou 14 edifícios em Luanda, seis vivendas, lojas, escritórios, terrenos e mais de 500 viaturas em posse abusiva de antigos titulares de cargos públicos, entre outros bens.
O combate à corrupção e a recuperação de activos constituem uma das principais promessas do Executivo, liderado pelo Presidente João Lourenço, que iniciou um amplo debate sobre um tema, até então tabu, e mobilizou a sociedade em geral.