Governo promove economia azul
O Ministério da Agricultura e Pescas (MINAGRIP) quer apostar numa gestão sustentável dos recursos biológicos e aquáticos, para alavancar a economia azul no espaço marinho de Angola, anunciou, ontem, em Caxito, no Bengo, a chefe do Departamento de Ecossistemas e Áreas Marinhas Protegidas da instituição.
Tânia Barreto, falava numa sessão de Consulta Pública Nacional sobre o Ordenamento do Espaço Marinho em Angola, que teve como objectivo apresentar à sociedade a importância das actividades feitas no mar.
Segundo a técnica do Grupo Nacional de Coordenação do Ordenamento do Espaço Marinho, foi criada uma Comissão Multissectorial para os Assuntos do Mar, coordenada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, que tem como objectivo a elaboração da Estratégia Nacional para o Mar de Angola, seus planos de acção e ordenamento do espaço marinho.
Durante a apresentação do documento para a recolha de contribuições, Tânia Barreto lembrou que vários utilizadores que desenvolvem actividades como a pesca, turismo, exploração petrolífera, transporte, aquicultura, biotecnologia azul e energias renováveis, concorrem para o espaço marítimo.
Participaram no encontro técnicos do MINAGRIP, cooperativas e associações agrícolas, empresários e estudantes que manifestaram preocupações com a segurança marítima, pesca semi-industrial e industrial, pesca artesanal, impacto das cooperativas no espaço marinho e com o funcionamento do Centro de Apoio à Pesca Artesanal. Além do Bengo, a Comissão Multissectorial para os Assuntos do Mar vai, também, promover sessões de consulta pública nas províncias do CuanzaSul, Benguela, Namibe, Luanda, Zaire e Cabinda.
A costa marítima de Angola conta com uma extensão de 1650 quilómetros e ocupa uma área de 518 223 quilómetros quadrados.