Escolas do ensino geral iniciam exames nacionais
Numa primeira fase, o processo de avaliação vai cobrir um total de 37 centros de exames em todo o país
Mais de dois mil alunos da 6ª e 12ª classes do ensino geral de instituições públicas e privadas vão ser submetidos, hoje e amanhã, a Exame Nacional Piloto, anunciou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para o Ensino Secundário.
Gildo Matias, que falava durante uma conferência de imprensa, explicou que o Exame Nacional Piloto, a decorrer em simultâneo, nas 18 províncias do país vai submeter os alunos matriculados no ensino primário e secundário às provas de Língua Portuguesa e de Matemática e os do curso de Ciências Físicas e Biológicas.
Sobre os dois mil alunos seleccionados em todo o país, o secretário de Estado garantiu que esses foram submetidos a um rigoroso processo de preparação, com aulas de reforço, cujo benefício abrange alunos de escolas especiais.
O secretário de Estado realçou que os exames visam contribuir para a avaliação dos alunos e docentes, no quadro das estratégias de melhoria da qualidade do ensino em Angola.
Gildo Marias assegurou que estão criadas as condições técnicas e materiais para o arranque do programa piloto de exames nacionais e prevêse, numa primeira fase, abranger um total de 37 centros de exames em todo o país.
Neste momento, a província de Luanda conta com cinco centros, que vão albergar os Exames Pilotos Nacionais, para 200 alunos da 6ª e das 12ª classes, que nos dias 23 e 24 de Junho vão testar os seus conhecimentos.
O responsável explicou que o projecto de exames são de natureza transversal e inserese nos Programas de Desenvolvimento Nacional (PDN), para a melhoria da qualidade de ensino primário e secundário. “Os exames nacionais são um passo necessário e
importante para a institucionalização do sistema de garantia da qualidade e de avaliação do Sistema Nacional de Educação”.
Gildo Matias disse, ainda, que o cumprimento do programa obrigou que fossem formados em todo o país um total de 240 técnicos nacionais, que vão estar, directamente, ligados com a gestão e avaliação do projecto.
“É uma avaliação externa, fora daquelas avaliações das provas do professor, municipal e a nível provincial. A diferença destes exames é por ser ela externa da escola, dos professores e gerida por uma Comissão Nacional”, informou. O secretário de Estado indicou que essas avaliações procuram alcançar três grupos de objectivos, designadamente, avaliar as aprendizagens, a necessidade de se certificar aprendizagem nos subsistemas ou ciclos de ensino e permitir que o país tenha parâmetros comparativos de aprendizagem.