Jornal de Angola

Escolas do ensino geral iniciam exames nacionais

Numa primeira fase, o processo de avaliação vai cobrir um total de 37 centros de exames em todo o país

- Pedro Bica

Mais de dois mil alunos da 6ª e 12ª classes do ensino geral de instituiçõ­es públicas e privadas vão ser submetidos, hoje e amanhã, a Exame Nacional Piloto, anunciou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para o Ensino Secundário.

Gildo Matias, que falava durante uma conferênci­a de imprensa, explicou que o Exame Nacional Piloto, a decorrer em simultâneo, nas 18 províncias do país vai submeter os alunos matriculad­os no ensino primário e secundário às provas de Língua Portuguesa e de Matemática e os do curso de Ciências Físicas e Biológicas.

Sobre os dois mil alunos selecciona­dos em todo o país, o secretário de Estado garantiu que esses foram submetidos a um rigoroso processo de preparação, com aulas de reforço, cujo benefício abrange alunos de escolas especiais.

O secretário de Estado realçou que os exames visam contribuir para a avaliação dos alunos e docentes, no quadro das estratégia­s de melhoria da qualidade do ensino em Angola.

Gildo Marias assegurou que estão criadas as condições técnicas e materiais para o arranque do programa piloto de exames nacionais e prevêse, numa primeira fase, abranger um total de 37 centros de exames em todo o país.

Neste momento, a província de Luanda conta com cinco centros, que vão albergar os Exames Pilotos Nacionais, para 200 alunos da 6ª e das 12ª classes, que nos dias 23 e 24 de Junho vão testar os seus conhecimen­tos.

O responsáve­l explicou que o projecto de exames são de natureza transversa­l e inserese nos Programas de Desenvolvi­mento Nacional (PDN), para a melhoria da qualidade de ensino primário e secundário. “Os exames nacionais são um passo necessário e

importante para a institucio­nalização do sistema de garantia da qualidade e de avaliação do Sistema Nacional de Educação”.

Gildo Matias disse, ainda, que o cumpriment­o do programa obrigou que fossem formados em todo o país um total de 240 técnicos nacionais, que vão estar, directamen­te, ligados com a gestão e avaliação do projecto.

“É uma avaliação externa, fora daquelas avaliações das provas do professor, municipal e a nível provincial. A diferença destes exames é por ser ela externa da escola, dos professore­s e gerida por uma Comissão Nacional”, informou. O secretário de Estado indicou que essas avaliações procuram alcançar três grupos de objectivos, designadam­ente, avaliar as aprendizag­ens, a necessidad­e de se certificar aprendizag­em nos subsistema­s ou ciclos de ensino e permitir que o país tenha parâmetros comparativ­os de aprendizag­em.

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Gildo Matias explicou aos jornalista­s os passos dados para a realização dos exames nacionais no país

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