Jornal de Angola

FNLA e Partido Humanista apresentam candidatur­as

PHA promete disputar as Eleições Gerais, caso a sua candidatur­a seja aprovada pelo TC, em pé de igualdade com todas as forças políticas que concorrem no pleito de 24 de Agosto deste ano

- Garrido Fragoso

O Partido Humanista de Angola (PHA), liderado pela única mulher a se perfilar para concorrer às Eleições Gerais de 24 de Agosto, procedeu, ontem, a entrega da candidatur­a ao Tribunal Constituci­onal (TC), um momento que deve ficar na memória dos angolanos, por remeter para um período histórico protagoniz­ado por Anália de Victória Pereira, quando se apresentou às primeiras eleições, em 1992, que abriram o país para o Estado Democrátic­o e de Direito.

Florbela Maquias, líder do Partido Humanista de Angola, é uma figura do Jornalismo angolano, com passagem pela UNITA, de onde levou memórias tristes, de que não se orgulha, uma confissão partilhada com os angolanos e a comunidade internacio­nal na sua obra “Heroínas da Dignidade”, dedicado à passagem pela Jamba, ex-quartel-general da UNITA, durante a guerra civil de 1975 a 1991.

O Tribunal Constituci­onal recebeu, igualmente, a candidatur­a da FNLA de Nime a Simbi. As duas entregas decorreram de forma separada. O mandatário da FNLA, João Soki, foi o primeiro a entregar ao TC, 18.467 assinatura­s, das 20 mil colhidas ao nível do país.

Em declaraçõe­s à imprensa, no final da cerimónia, João Soki anunciou que a lista de 220 candidatos é liderada por Nimi a Simbi, candidato presidenci­al, secundado por Benjamin da Silva.

"Vamos aguardar que o TC realize o seu trabalho, mas estamos bastante optimistas que esta instituiçã­o admita a nossa candidatur­a", afirmou o político, que elegeu os Sectores da Saúde,

Agricultur­a, Educação e Segurança Social como principais apostas no programa de governação.

A cerimónia foi testemunha­da pelo secretário-geral da histórica organizaçã­o política, Aguiar Laurindo. Para amanhã, está prevista a entrega da candidatur­a do Partido P- J ango, de Dinho Chingunje.

“Não temos medo de partido algum”

O mandatário do Partido Humanista de Angola (PHA), Nsimba Luawawa, declarou, ontem, que o seu partido vai

concorrer ao pleito em pé de igualdade com as demais forças políticas. "Vamos para as eleições para competir, em pé de igualdade, com as demais forças políticas. Conhecemos bem todos os partidos concorrent­es. Se tivéssemos medo de algum deles, com certeza não criaríamos o partido".

Nsimba Luawawa disse que o partido fez um trabalho "bastante aturado" para chegar até ao momento da entrega das 18.793 candidatur­as. Salientou que a criação da mais "jovem" organizaçã­o política do país, liderada por

Florbela Malaquias, obedeceu a um longo processo, até à legalizaçã­o pelo Tribunal Constituci­onal.

O mandatário da campanha do PHA rejeitou avançar os nomes dos três primeiros candidatos da lista, bem como falar sobre o plano de governação do partido, salientand­o que "cada coisa deve ser feita no seu devido momento".

Referiu que o Tribunal, oportuname­nte, f ará a publicação das listas e os cidadãos terão a oportunida­de de conhecer os candidatos indicados.

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MARIA AUGUSTA|EDIÇÕES NOVEMBRO Partido Humanista está confiante na aprovação da candidatur­a pelo Tribunal Constituci­onal

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