Jornal de Angola

Florbela Malaquias pode ser a segunda mulher a enfrentar um pleito eleitoral

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À semelhança do P-NJANGO (Partido Nacionalis­ta para Justiça em Angola), o PHA foi recon h e c i d o p e l o Tr i b u n a l Constituci­onal há alguns dias da convocação das eleições pelo Presidente da República, a 03 de Junho passado.

Florbela Malaquias anunciou a criação do seu partido, em Novembro de 2020, um ano após o lançamento do polémico livro “Heroínas da Dignidade”, dedicado às suas memórias da Jamba, ex-quartel-general da UNITA, durante a guerra civil de 1975 a 1991.

De 63 anos de idade, Florbela Malaquias é uma antiga locutora da extinta Vorgan (Voz de Resistênci­a do Galo Negro), estação radiofónic­a da UNITA, enquanto rebelião armada. Trabalhou na Rádio Nacional de Angola (RNA), onde chegou ao cargo de administra­dora executiva e membro do seu Conselho de Administra­ção.

A confirmar-se a sua candidatur­a, será a segunda mulher a concorrer à Presidênci­a da República, em Angola, depois de o ter feito Anália de Victória Pereira, em Setembro de 1992, sob a bandeira do extinto Partido Liberal Democrátic­o (PLD).

As eleições deste ano, que terão pela primeira vez a participaç­ão dos angolanos na diáspora, são as quintas da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017. São esperados mais de 14,399 milhões de eleitores, dos quais 22.560 no estrangeir­o.

A votação no exterior terá lugar em 12 países e 25 cidades, tais como África do Sul (Pretória, Cidade do Cabo e Joanesburg­o), Namíbia (Windhoek, Oshakati e Rundu) e República Democrátic­a do Congo (Kinshasa, Lubumbashi e Matadi).

Ainda no continente africano, poderão votar os angol anos residentes no Congo (Brazzavill­e, Dolisie e Ponta Negra) e na Zâmbia (Lusaka, Mongu, Solwezi).

Fora do continente, o voto estará aberto à diáspora angolana no Brasil (Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo), na Ale

manha (Berlim), na Bélgica (Bruxelas), em França (Paris), no Reino Unido (Londres), em Portugal (Lisboa, Porto) e nos Países Baixos (Roterdão), noticia a Angop.

O sufrágio anterior foi disputado, em 23 de Agosto de 2017, por seis forças políticas, com a participaç­ão de 76,57 por cento dos cerca de 9,3 milhões de eleitores inscritos.

O MPLA venceu por maioria absoluta, com 61 por cento dos votos, à frente da UNITA com 26,67 por cento e da CASA-CE (Convergênc­ia Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral) com 9,44 por cento, num Parlamento de 220 lugares.

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DR Florbela Malaquias pode enriquiece­r a história das eleições

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