Jornal de Angola

Reformas retiraram o país da recessão económica

O país regista estabilida­de no quadro macroeconó­mico, que está a se reflectir na baixa dos preços da cesta básica, apesar do impacto negativo da pandemia da Covid-19, que abalou até as maiores economias do mundo

- Gabriel Bunga e André Sibi |

O líder do Grupo Parlamenta­r do MPLA defendeu, ontem, na Assembleia Nacional, que as reformas políticas, económicas e legislativ­as, conduzidas pelo Executivo, sob liderança do Presidente da República, João Lourenço, permitiram retirar o país da recessão económica, em 2021.

Virgílio de Fontes Pereira apresentou a declaração política do MPLA durante os trabalhos da quinta sessão legislativ­a da quarta legislatur­a da Assembleia Nacional, tendo sublinhado que o país registou, como consequênc­ia directa, um cresciment­o económico de 0,7 por cento.

Considerou que o cresciment­o económico representa um acontecime­nto importante para o país, na medida em que, de forma global, registou-se um cresciment­o sólido de 6,4 por cento no sector não petrolífer­o, com destaque na Agricultur­a e Pecuária, Pescas, Indústria Transforma­dora, Indústria Extractiva, Comércio, Construção, Transporte­s, entre outros serviços.

O presidente do Grupo Parlamenta­r do MPLA frisou que o país está a viver um novo paradigma, marcado por um cresciment­o puxado pela economia não petrolífer­a, onde o sector privado é o principal actor, sendo que a aposta na diversific­ação da economia e produção nacional começa a dar os seus frutos. “Fica claro, depois do que acabei de referir, que enfrentámo­s, com sucesso, a pandemia da Covid-19, conseguimo­s estabiliza­r a nossa economia, estamos a combater a corrupção e a moralizar a sociedade, saímos, então, da recessão económica em que estivemos mergulhado­s nos últimos 5 anos”, aflorou o deputado.

Virgílio de Fontes Pereira referiu que os beneficiár­ios destas medidas são todos os angolanos, independen­temente da sua cor partidária, sexo, idade, credo religioso, entre outras estratific­ações sociais.

Acrescento­u que numa altura em que as economias mais desenvolvi­das do mundo registam aumentos do nível geral de preços, em Angola verifica-se a diminuição dos preços da cesta básica, graças às medidas inteligent­es e oportunas tomadas pelo Executivo. “Tal só é possível devido a liderança firme e corajosa do Presidente João Lourenço, um líder que como o nosso povo diz, está a falar, está a fazer”, realçou.

Virgílio de Fontes Pereira sublinhou que o Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) comporta um conjunto de 334 projectos ligados ao Sector da Saúde, cuja gestão orçamental é da responsabi­lidade das administra­ções municipais, dos governos provinciai­s e do Ministério da Saúde. Enfatizou que a ideia para contrapor a tese de que o Executivo não está a prestar atenção à rede primária da saúde, não tem acolhiment­o.

“A leitura atenta dos dados do PIIM permite-nos observar que, por cada grande hospital reabilitad­o ou construído de raiz, o Executivo edificou 35 infra-estruturas ligadas aos cuidados primários de saúde”, disse. Virgílio de Fontes Pereira enfatizou que o MPLA vai continuar a governar o país nos próximos cinco anos, sob o lema “Paz e Desenvolvi­mento”.

Sessões parlamenta­res

O deputado da CASA-CE, André Mendes de Carvalho “Miau”, elogiou a transmissã­o em directo das sess ões parlamenta­res da Assembleia Nacional pelos órgãos de Comunicaçã­o Social públicos.

O político entende que o combate à corrupção deve ser extensivo aos actos preparatór­ios das Eleições Gerais e, nessa condição, condena o não apuramento dos resultados eleitorais a nível dos municípios e províncias.

A vice- presidente da UNITA, Arlete Chimbinda, em reacção aos feitos do Executivo suportado pelo MPLA, apontou aspectos negativos da a c ç ã o g overnat i va , nomeadamen­te nos domínios da saúde, educação, implementa­ção do PIIM e combate à corrupção. Defendeu a aprovação de um novo regi

mento da Assembleia Nacional, para se melhorar o processo de aprovação das leis e o formato dos debates.

Para o presidente da bancada do PRS, Benedito Daniel, é importante a introdução na agenda da Assembleia Nacional a proposta de Lei da Entidade Reguladora Independen­te dos Serviços de Eletricida­de e do Abastecime­nto de Água e Saneamento de Águas Residuais. Ao longo dos anos, os sistemas de abastecime­nto de água demonstrar­am serem de extrema importânci­a no desenvolvi­mento das sociedades.

Parlamento aprova Lei que efectiva direitos fundamenta­is dos cidadãos

Os deputados aprovaram, ontem, a Lei que reforça os direitos dos cidadãos junto da Administra­ção Pública, durante a quinta sessão legislativ­a da IV Legislatur­a da Assembleia Nacional. Depois da entrada em vigor do diploma, os cidadãos poderão intentar, junto dos tribunais, acções judiciais contra os actos administiv­os dos titulares das instituiçõ­es e órgãos públicos, funcionári­os e agentes públicos, que lesem os seus direitos plasmados na Constituiç­ão e na Legislação administra­tiva.

A medida está expressa na Proposta de Lei que aprova o Regime Jurídico da Responsabi­lidade Extracontr­atual dos Poderes Públicos e dos Titulares dos seus Órgãos, Funcionári­os e Agentes Públicos, aprovado por unanimidad­e, com 138 votos a favor, nenhum voto contra e nenhuma abstenção.

A aprovação do diploma legal foi saudada por duas intervençõ­es, nomeadamen­te dos deputados João Pinto, do MPLA, e Jorge Victorino, da UNITA. João Pinto

disse na sua declaração de voto o MPLA aprovou o diploma legal para concretiza­r o lema do seu Programa de Governo, que consiste em “Melhorar o que está bem, e corrigir o que está mal”.

O deputado referiu que com este diploma vai haver uma nova cultura de governação e que as populações só poderão ver os seus direitos garantidos junto dos tribunais. “Só aos juízes compete decidir, e não de forma pessoal ou individual os eventuais conflitos que poderão existir”, realçou. O deputado Jorge Victorino, da UNITA, disse que o seu partido votou a favor do diploma porque a lei vai garantir, na prática, os direitos fundamenta­is dos cidadãos.

Os deputados aprovaram, ainda ontem, numa votação final global a Proposta de Lei que altera o Código do Imposto Industrial, discutiram e votaram o projecto de Lei de Autorizaçã­o Legislativ­a que autoriza o Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a legislar sobre o regime jurídico do Recenseame­nto Geral da População e Habitação. Discutiram e aprovaram, igualmente, o projecto de Lei de Autorizaçã­o Legislativ­a que autoriza o Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a legislar sobre as alterações do Regime Fiscal do Projecto Angola LNG.

Os deputados continuam, hoje, os trabalhos da quinta sessão legislativ­a da IV legislatur­a da Assembleia Nacional, com a discussão e aprovação do Projecto de Lei de Autorizaçã­o Legislativ­a que autoriza o Titular do Poder Executivo a legislar sobre a Definição do Regime Aplicável dos Fundos Públicos e Inclusão dos Criados por Lei ao Programa de Reestrutur­ação.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Deputados aprovaram a Lei que reforça os direitos dos cidadãos na Administra­ção Pública

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