CARTAS DOS LEITORES
Estado das viaturas
Já muito se escreveu sobre os acidentes de viação e esta minha modesta carta não vai ser a última, seguramente. Falo sobre a necessidade de promover inspecções regulares às viaturas, não como medida preventiva em si contra os acidentes, mas como um modesto contributo nesta direcção. É bom não adiarmos as idas às oficinas para as revisões regulares. Sou defensor que as viaturas são como seres humanos, devem regularmente ir ao médico para os “check-ups”.
A ideia de que “depois vou levar ao mecânico” acaba sempre por ser fatal na medida em que muitos automobilistas nunca encostam os carros para manutenção enquanto os mesmos não pararem definitivamente. Enquanto o carro estiver a andar, mesmo que esteja a travar mal, mesmo que a direcção apresente problemas, ainda que os pneus estejam completamente “carecas”, via de regra nunca se para o carro para inspecção ou manutenção. Essa é, infelizmente, a realidade dos nossos automobilistas, sobretudo quando se tratam de taxistas e digo com todo o respeito por esses profissionais.
Estou apenas a falar daquilo que é factual e sem qualquer pretensão de denegrir os taxistas.
Por isso, a manutenção periódica das viaturas por parte de uma entidade competente que serviria para aconselhar os automobilistas e a retirar da circulação viaturas em mau estado técnico é urgente. Parece que está provado que não basta o seguro de responsabilidade civil contra terceiros, deve ser essa designação do seguro automóvel que me refiro, mas a inspecção regular como complemento dos esforços para melhorar a circulação automóvel e reduzir a sinistralidade rodoviária.
Se não se implementar essa medida, a inspecção rodoviária, já prometida há algum tempo pela Polícia Nacional, dificilmente seremos capazes de reduzir a sinistralidade nas estradas e teremos mais dificuldade em conduzir sossegadamente. Há carros que fumegam demais e deviam ser retirados da circulação. ALEXANDRE TERRA
Ilha de Luanda
Marginal na Samba
Vivo na Samba e escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar a possibilidade de construção de uma marginal na orla marítima que se encontra nesta banda onde, ao que se diz, residiam elefantes, daí o nome Samba. Sei que existe um plano de requalificação de toda orla marítima que parte, possivelmente, desde a Chicala e vai até ao Mussulo, mas não sei se se trata de um programa para implementação imediata ou se não.
Como espécie de prolongamento da segunda Marginal, ali onde ocorrem os desfiles centrais do Carnaval, gostaria que houvesse um projecto no sentido de proporcionar uma longa marginal até aos lados do Benfica ou até às proximidades do Museu da Escravatura. Acho que uma marginal naqueles lados iria proporcionar investimentos, empregos e oportunidades.
Um lugar para lazer, para a prática de caminhada, de corrida e de outros exercícios físicos que contribuem para o bem-estar. Não sei exactamente onde essa marginal podia começar por ser construída, mas acho que a partir da Nova Marginal seria um bom ponto de partida. E restante percurso, os técnicos iriam determinar. ANTÓNIO SALOTE
Samba