Cacula testa novo sistema de abastecimento de água
Município da província da Huíla vai aumentar a capacidade de captação de 15 para 50 metros cúbicos por hora
O novo sistema de abastecimento de água potável, em construção desde 2021, na sede municipal da Cacula, entra em testes preliminares, nos próximos dias, para aferir a eficácia de captação, tratamento e distribuição, anunciou, ontem, a presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Provincial de Águas e Saneamento (EPAS) da Huíla.
Domingas Tyicusse sublinhou, no final da visita de constatação às obras de reabilitação e ampliação do sistema, que os testes acontecem depois de trabalhos profundos na renovação das estações de captação e tratamento e na rede de distribuição.
A PCA disse que as obras, que abrangem a abertura de fontanários com capacidade de 50 metros cúbicos de água por hora, estão orçadas em oito mil milhões de kwanzas, financiadas pelo Executivo, visam resolver o problema da carência de água potável no seio dos moradores do casco urbano da sede da Cacula, que ascendeu à categoria de município, em 2011.
Domingas Tyicusse informou que a empreitada abrange, também, a construção de uma estação de
tratamento, com capacidade de 100 metros cúbicos.
Precisou que as estações do sistema antigo são limitadas à capacidade de captação e tratamento de 15 e 35 metros cúbicos por hora, respectivamente, ao passo que a rede de distribuição passa de 162 para 1.309 ligações domiciliares.
A PCA da EPAS da Huíla considerou que a conclusão do projecto vai ampliar a cobertura para cerca de 75 por cento do casco urbano da vila sede, assim como realçou que o investimento inclui a reabilitação de mais dois fontanários e a construção de três outros em alguns bairros periféricos.
Neste momento, reconheceu que o município é abastecido com muitas limitações. “Esta obra está na ordem de execução de 80% e, nos próximos dias, começam os testes tanto das estações de captação e tratamento como na rede de distribuição”.
Domingas Tyicusse referiu que o município da Cacula está, ainda, fora do sistema de cobrança da empresa, numa altura em que a política do Ministério da Energia e Águas é de alargar a actuação da empresa à medida da disponibilidade e melhoria dos serviços de abastecimento de água potável na província.
“Com a reabilitação e ampliação destes activos, a empresa começa a expandir os serviços comerciais e de gestão para os municípios do i nterior abrangidos, começando com Jamba, Matala e Cacula, para estimular o pagamento do consumo”, afirmou.
A PCA da EPAS defendeu a construção, reabilitação e ampliação de mais sistemas de abastecimento em outros municípios da província da Huíla, cuja população enfrenta, também, dificuldade para o acesso à água potável.