Treinadora salva atleta desmaiada e descreve momento
Anita Álvarez, nadadora norte- americana, f oi salva nos Mundiais de natação pela treinadora Andrea Fuentes, depois de ter perdido os sentidos dentro de água, antes da final individual de natação sincronizada.
Fuentes apercebeu-se da situação e imediatamente saltou para a água para salvar a atleta. A situação acabou por terminar bem e, em declarações ao “As”, a treinadora explicou como tudo sucedeu.
“Estes acontecimentos não são raros, às vezes acontece nos treinos. As pessoas que fazem apneia, como os mergulhadores, não estranham quando isto acontece. Há momentos em que o corpo colapsa e ficas sem respirar”, começou por dizer ao diário desportivo espanhol.
“Lembro-me que, nos J o g o s O l í mp i c o s d e Pequim, em 2008, isto aconteceu a um elemento da equipa japonesa, que também tiveram de retirar da água. Mas é raro acontecer em competição”, continuou, antes de falar em específico de Anita Álvarez.
“Ela gosta de chegar ao limite. O que acontece é que, quando acontecia, ela flutuava, não ficava sem respirar, aconteceu no pré- olímpico. Mas agora foi diferente. Quando vi que ela estava a afundar olhei para os socorristas, mas percebi que eles estavam embasbacados. Não reagiam. Pensei “não vão?”.
Os meus reflexos activam-se rápido, sou assim, não consigo ficar a olhar. Não pensei muito, atireime. Foi a apneia mais louca e rápida que fiz na minha carreira. Peguei nela, levantei-a, obviamente pesava muito, não foi fácil”, contou, antes de concluir:
“Depois chegou um socorrista, mas a verdade é que não me aj udou muito. Eu estudei e sei que é preciso colocá-la de lado, para que não engula água e possa começar a respirar, mas ele queria pôr-lhe a boca para cima, pelo que se gerou ali uma pequena luta absurda para ver em que posição a colocávamos. Ele também não f alava i nglês, não me entendia... Finalmente conseguimos retirá-la da água. Aos dois minutos ela reagiu, respirou, cuspiu água... Estava aturdida, é normal. Queriam pôr-lhe um aparelho para a ajudar a respirar, mas ela estava agoniada e não queria. Disse-lhes que se acalmassem, que ela estava bem, e ela começou a ficar mais tranquila. A partir daí passou o perigo.”