Jornal de Angola

Estádio das Cacilhas começa a ser reconstruí­do em Julho

Governo assume reedificaç­ão do recinto do Benfica do Huambo onze anos depois da destruição por decisão do pelouro dos Desportos

-

As obras de reconstruç­ão do estádio das Cacilhas, pertença do Sport Huambo e Benfica “Mambroa”, destruído em 2011, têm início na primeira quinzena de Julho próximo, informou o vice-governador para os serviços Técnicos e Infra-estruturas, Helmano Francisco.

Localizado no bairro das Cacilhas, arredores da cidade do Huambo, as obras surgem na sequência do anúncio feito pelo Presidente do MPLA, João Lourenço, durante um acto político de massas, realizado a 14 de Maio último.

Na altura, disse não ser normal a ausência de um grande estádio, numa província com tradição no futebol. “Huambo merece. O Huambo tem tradição de futebol. Todos nós conhecemos as grandes glórias do futebol do Huambo”, afirmou.

Em declaraçõe­s à imprensa, esta quarta-feira, no final de um encontro de esclarecim­ento aos agentes desportivo­s, representa­ntes de partidos políticos com assento no Parlamento e autoridade­s tradiciona­is, o vice-governador sublinhou que a definição do espaço resultou de um estudo de

viabilidad­e de vários arquitecto­s e engenheiro­s civis.

Após o estudo, acrescento­u, o grupo técnico envolvido no projecto achou melhor reconstrui­r o estádio das Cacilhas, por ser um espaço já catalogado, pois a construção num outro local implicaria avultados custos financeiro­s.

Sem precisar o orçamento do projecto, Helmano Francisco disse estar já disponível a verba para o início das obras, a partir do dia 10 de Julho próximo.

Informou que o estádio terá uma capacidade para 10 mil espectador­es, uma pista de atletismo e outros serviços.

Em breves palavras, o vice-presidente do Sport Huambo e Benfica “Mambroa”, Carlos Segunda, indicou que a reconstruç­ão do estádio constitui a reposição de uma dívida que o governo tem com o clube há 11 anos.

Breve historial do Mambroa

Os “encarnados” do Planalto Central foram fundados a 29 de Setembro de 1931, por iniciativa de um grupo de cidadãos portuguese­s, simpatizan­tes do Sport Lisboa e Benfica de Portugal, ávidos de o transforma­rem num

dos “colossos” das então colónias lusas.

No passado, foi uma referência no desporto angolano, nas modalidade­s de basquetebo­l, sobretudo feminino, em que já se sagrou vice-campeão nacional, e no futebol, foi campeão no período colonial, e obteve o 2º lugar no pós-independên­cia (1986) e o 3º nas épocas de 1982, 1985 e 1988, tendo sido relegado ao segundo escalão em 1998.

Consta ainda no seu historial, a participaç­ão em torneios i nternacion­ais no Brasil, Portugal e Zâmbia, que permitiram ao clube granjear prestígio no estrangeir­o, fruto das boas exibições em cada uma dessas provas.

A província do Huambo tem catalogado­s 783 campos, dois estádios, perto de 30 quadras polidespor­tivas, cinco pavilhões multiusos e 13 ginásios de manutenção física, distribuíd­os pelos onze municípios.

Trata- se do estádio do Recreativo da Caála, denominado Mártires da Canhãla, inaugurado em 2013, propriedad­e do clube com o mesmo nome, e dos Kurikutela­s, em 1947, pertencent­e ao Ferrovia do Huambo.

 ?? DR ?? Campo de bairro periférico da cidade do Huambo foi palco de inúmeras disputas do Girabola
DR Campo de bairro periférico da cidade do Huambo foi palco de inúmeras disputas do Girabola

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola