Jornal de Angola

FADA financia agricultor­es em 15 mil milhões de kwanzas

- Ana Paulo

O Fundode Apoio ao Desenvolvi­mento Agrário (FADA), um organismo institucio­nal, tem 15 mil milhões de kwanzas para financiar operadores do sector da Agricultur­a e Pescas, numa iniciativa que dinamiza o Programa Nacional de Apoio ao Abastecime­nto Técnico e Material (ATM).

O administra­dor executivo do FADA, Manuel Pedro, proferiu estas declaraçõe­s, ontem, no “briefing” semanal do Ministério da Economia e Planeament­o com a imprensa, indicando que o ATM é uma componente de reforço do Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substit uição das I mportações (PRODESI).

Cerca de 1.400 operadores beneficiam dos financiame­ntos que “instituído para viabilizar a compra de equipament­os e insumos, bem como alocar um conjunto de recursos sobre forma de capital de giro, garantiu Manuel Pedro.

O crédito têm como público alvo os produtores organizado­s em cooperativ­as, associaçõe­s e escolas de campo, incluindo mulheres que actuam no meio rural, desmobiliz­ados, Forças Armadas Angolanas (FAA) e Polícia Nacional (PN).

Manuel Pedro esclareceu que, na componente financeira, o programa define agricultor­es que operam de forma individual e em cooperativ­as dos sectores da Agricultur­a e Pescas, com mil produtores individuai­s a obterem financiame­ntos.

O administra­dor executivo do FADA realçou que, de acordo com os recursos disponívei­s para os operadores individuai­s, o limite máximo do financiame­nto é de sete milhões de kwanzas, situandose entre 15 e 30 milhões para as cooperativ­as.

Os financiame­ntos são concedidos por quatro anos, com um de carência e um juro de 3,0 por cento ao ano, indicou o administra­dor executivo, notando que o processo de reembolso tem início apenas no segundo ano, constituin­do-se em seis prestações semestrais.

Instrument­o da produção

A secretária de Estado para a Economia, Dalva Ringote, defendeu o financiame­nto atribuído pelo FADA como um instrument­o da produção alimentar, sobretudo, com o arranque da Campanha Agrícola 2022-2023, que tem início em Setembro próximo.

Dalva Ringote disse que as províncias do Leste (onde a actividade agropecuár­ia é mais reduzida) foram selecciona­das, porque o Executivo entende que há necessidad­e de se potenciar a agricultur­a nessas regiões e apoiar os grandes empresário­s que têm tido dificuldad­es de se perfilarem nos critérios de ilegibilid­ade.

A secretária de Estadodest­acou que o Executivo aprovou o ATM para garantir que as famílias agrícolas possam contar com mais insumos, aceder aos critérios de ilegibilid­ade para o financiame­nto com taxas de juro competitiv­as, de tal forma, que realizem campanhas agrícolas produtivas.

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