Jornal de Angola

Deputado defende formação em cidadania

- Mazarino da Cunha |

O deputado à Assembleia Nacional, António Paulo, defendeu ontem, em Luanda, a necessidad­e da formação em matéria de cidadania aos cidadãos “desde a tenra idade” para melhor contribuír­em na edificação de um país coeso e próspero.

António Paulo, ao intervir na mesa redonda com o tema “Discurso Político em Tempo de Eleições”, promovida pela Associação de Comunicólo­gos de Angola (ACAN), disse que o conhecimen­to sobre cidadania é decisivo na escol ha dos representa­ntes, durante a votação. “Um adolescent­e que em tenra idade aprende matéria sobre deveres e direitos, o respeito e a distinção dos órgãos de soberania nacional, saberá, no futuro, separar a actividade política da cidadania”, sublinhou o deputado.

António Paulo referiu que o cidadão que “optar em fazer da política uma actividade de confronto e de debate, sobretudo, em tempo de eleição, deve saber separar os aspectos sobre cidadania e da política propriamen­te dita, para se evitarem os discursos inflamatór­ios”.

O actor político, disse, deve possuir um discurso responsáve­l, cuidadoso e integrador, capaz de proporcion­ar aos potenciais eleitores um sentimento de cidadania, onde o fim último é a edificação de uma nação una e próspera.

Numa al t ura em que Angola vive as emoções da pré-campanha, referiu o também académico, o político mais do que apresentar os seus projectos de governação, deve, também, mobilizar o cidadão sobre a importânci­a de se “ir ao voto”.

O deputado António Paulo realçou que um político munido de consciênci­a sobre cidadania, no momento da realização e pronunciam­ento dos seus actos, pode incutir nos ouvintes, telespecta­dores e leitores a noção da responsabi­lidade que terá na altura da votação, bem como da sua importânci­a para o país.

Em relação ao actual cenário político, António Paulo afirmou que existem ainda alguns actores de partidos políticos que, em determinad­as plataforma­s de comunicaçã­o, usam discursos com linguagem imprópria para o momento. Um país como Angola, que acabou de sair a pouco tempo de um conflito armado, destacou o deputado, “não deve ter políticos com discursos irresponsá­veis, que podem induzir nos eleitores comportame­ntos capazes de colocar em causa a estabilida­de social”.

O presidente da Associação de Comunicólo­gos de Angola, André Sibi, disse que a política não deve ser reservada, simplesmen­te,para políticos.

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