Jornal de Angola

Partidos políticos trabalham nas insuficiên­cias das candidatur­as

- Edna Dala

Os partidos políticos trabalham, “a todo gás”, para suprir as insuficiên­cias, detectadas pelo Tribunal Constituci­onal, nos processos de candidatur­as às Eleições Gerais de 24 de Agosto, depois de terem sido notificado­s, em conformida­de com a lei, a qual submete um período de 10 dias para a submissão do novos documentos.

A lei prevê, depois da publicação das listas, um período de 10 dias para suprimento das insuficiên­cias, irregulari­dades e deficiênci­as, que vai de 26 de Junho a 5 de Julho. Contactado­s pelo Jornaldean­gola, as forças políticas revelaram que, entre as principais insuficiên­cias detectadas pelo Tribunal Constituci­onal, constam a ausência da finalidade dos documentos nos certificad­os de Registo Criminal e algumas anomalias nos Bilhetes de Identidade.

O mandatário do MPLA, Pedro Neto, sublinhou, a propósito, que o partido no poder foi notificado no dia 14, e, dias depois, entregou a correcção das insuficiên­cias. “Não há nada de especial”. As i nsuficiênc­ias registadas no MPLA, esclareceu, não têm a ver com as subscriçõe­s. “Tivemos 14 casos relacionad­os com os

registos criminais, que não eram originais, e com Bilhetes de Identidade­s, nada mais do que isso”, argumentou o político do MPLA.

As notícias que estão agora a aparecer, estão fora de tempo”, frisou, tendo referido que já ultrapassa­ram esta fase. Neste momento, salientou, o MPLA aguarda apenas pelo veredicto do plenário do Tribunal Constituci­onal para considerar a candidatur­a válida. “Não me parece que haja motivos

para considerá-la inválida”.

O mandatário da UNITA, Horácio Njunjuvili, confirmou a notificaçã­o pelo Tribunal Constituci­onal por conta de i nsuficiênc­ias “muito pequenas”, nas suas palavras, as quais, estão relacionad­as com processos provenient­es das províncias, por não terem justificad­o a finalidade do documento.

“A finalidade não estava expressa em alguns certificad­os de certas províncias, e em outros processos

não foi colocado o carimbo de selo no acto de reconhecim­ento notarial”, frisou o político.

Tirando isto, prosseguiu, não há nada de relevante. Horácio Njunjuvile referiu que a UNITA entregou assinatura­s a mais. “As fotocópias dos Bilhetes de Identidade, em que se detectou algumas das anomalias, foram repostas”, afirmou. “Estamos a espera que as províncias reajam, uma vez que já estão todos informados, e, antes do prazo definido, vamos suprir todas as insuficiên­cias registadas no nosso processo”. A CASA-CE afirmou que já supriu todas as insuficiên­cias detectadas. Carlos Mateus Jacinto, mandatário da coligação, disse que, neste momento, a coligação aguarda apenas pelo pronunciam­ento do Tribunal Constituci­onal sobre os próximos passos.

Quanto às irregulari­dades, fez saber que tinham a ver a documentaç­ão dos candidatos a deputados à Assembleia Nacional, por estas não estarem em conformida­de, com realce para os registos criminais, cujos objectivos contrastav­am com o pretendido.

A CASA-CE, reforçou, foi notificada, também, por causa de dois Bilhetes de Identidade caducados, e a declaração de aceitação que, por lapso, alguns candidatos falharam nos algarismos, não correspond­endo por isso com os dados dos seus Bilhetes.

Carlos Jacinto lembrou que a CASA-CE foi a segunda força política a formalizar a candidatur­a junto do Tribunal Constituci­onal, e foram notificado­s muito cedo sobre as lacunas, antes de terminar o prazo de entrega dos documentos.

Já o mandatário do Partido de Renovação Social (PRS), António Francisco, disse que as irregulari­dades no processo do seu partido, cingem-se com a justificaç­ão incorrecta dos registos criminais. Muitas das subscriçõe­s, adiantou, apontavam como finalidade do documento, candidatur­as e concurso público. “Estamos já

a trabalhar para suprir as insuficiên­cias”, garantiu.

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DR Partidos e coligações políticas têm até dez dias para suprir as irregulari­dades nas listas

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