Jornal de Angola

Água à cidade de Cabinda chega sem interrupçõ­es

O empreendim­ento foi inaugurado pelo ministro da Energia e Águas e custou aos cofres do Estado 209 milhões de dólares

- Bernardo Capita|cabinda

O abastecime­nto de água potável à cidade de Cabinda e à vila de Landana (município de Cacongo) passa a ser feito de forma ininterrup­ta, depois da inauguraçã­o, ontem, da fase inicial da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Sassa-zau.

O empreendim­ento, com uma capacidade actual de produção de 51.840 metros cúbicos por dia e inaugurado pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, custou aos cofres do Estado um total de 209 milhões de dólares.

As obras do empreendim­ento, localizado a cerca de 17 quilómetro­s a Nordeste da cidade de Cabinda, começou a ser construído em 2017.

A entrada em pleno funci onamento da ETA de Sassa-zau vem substituir a velha e obsoleta ETA de

Lucola, que tinha uma capacidade instalada de 1.400 metros cúbicos de água por dia, para a cidade de Cabinda, bairros periférico­s e vila de Landana.

O projecto de construção da ETA de Sassa-zau contemplou, igualmente, uma rede de alta pressão de, aproximada­mente, 56 quilómetro­s de extensão, com uma tubagem cujo diâmetro varia entre 1.300 milímetros em FF e até 63 em PEAD (Polietilen­o de Alta Densidade, produto aplicado em drenagem).

Além disso, a ETA permitiu a extensão da rede para 30 mil habitações e a criação de mais de 60 fontenário­s.

O ministro João Baptista Borges explicou que o Executivo construiu a ETA de Sassa-zau, para reforçar o sistema de abastecime­nto de água às duas regiões, visto que a antiga ETA de Lucula já não respondia às necessidad­es, em função da explosão demográfic­a.

Out r o a s p e c t o q u e influencia­va negativame­nte o abastecime­nto às duas circunscri­ções era o facto do rio Lucola, principal fonte de captação, não possuir mais a quantidade de água necessária para atender todas as necessidad­es das localidade­s acima destacadas.

O ministro da Energia e Águas refer i u que, até 2036, a capacidade da ETA de Sassa-zau poderá atender mais de 530 mil pessoas, contra os actuais 30 mil previstos nesta fase do seu arranque.

João Baptista Borges esclareceu que este sistema não só irá cobrir as necessidad­es

domésticas, como também de outros empreendim­entos económicos que estão a ser erguidos na província, numa clara referência ao futuro Pólo Industrial de Futila, Terminal de Águas Profundas (Porto) e ao Campus Universitá­rio, estes últimos localizado­s no Caio.

“Cabinda, com este projecto, muda radicalmen­te a condição de abastecime­nto de água à população”, disse o ministro, referindo-se a importânci­a que a água tem na saúde pública e nos índices de morbi/mortalidad­e.

O governador provincial de Cabinda, Marcos Nhunga, mostrou-se satisfeito com a execução do projecto ETA de Sassa- Zau, por causa da “grande inovação”, relacionad­a com a implementa­ção do sistema pré-pago, em várias zonas da cidade de Cabinda e da vila de Landana.

Marcos Nhunga afirmou que o próximo desafio vai ser alargar a rede de distribuiç­ão de água potável às zonas cinzentas da cidade de Cabinda, por forma a encurtar as distâncias para o acesso ao produto.

O governador provincial informou, igualmente, que o Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) está a permitir a execução de seis projectos a nível dos quatro municípios, para a abertura de mais de 50 furos a r t e s i a nos e o mesmo número de reservatór­ios, com vista a reforçar o sistema de abastecime­nto à periferia da cidade de Cabinda e às zonas rurais.

Cabinda, com este projecto de edificação da Estação de Tratamento de Água de Sasa-zau, muda radicalmen­te a condição de abastecime­nto de água à população

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ETA de Sassa-zau trouxe melhorias consideráv­eis na distribuiç­ão de água potável à região

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