Jornal de Angola

Visão estratégic­a sobre o Marketing nas eleições

- Ngola Nobre

Qualquer partido ou político que não penetra no mais absoluto âmago do Marketing político ou eleitoral, não domina, nem os aplica, vai ser, “tarde ou cedo”, derrotado do “tapete político” no primeiro round, recebendo um K.O. e experiment­ando dores intermináv­eis. Portanto abdicar destas ferramenta­s (Marketing Político e Eleitoral) constitui um desacerto de estratégia política. Mas conhecê-laspressup­õe estudá-las enquanto conhecimen­to científico.

O Marketing é uma arte, mas é fundamenta­lmente uma ciência. O seu grande papel é o de identifica­r oportunida­des, contextos, vantagens e se encarrega de interpreta­r as aspirações e a necessidad­e de pessoas para depois as resolver. Pode-se dizer que é um método de gestão, embora a sua função visa acudir as necessidad­es da sociedade, prima também por um processo de troca, ou seja, um político ou partido resolve as necessidad­es apuradas numa determinad­a população alvo e esta deposita a sua confiança por meio do voto.

De acordo com Ivana Carneiro Almeida, Marketing Político “... é a arte de informar e comunicar com o eleitor; orientar e direcciona­r as ideias do partido, candidato e Governo, em função das necessidad­es identifica­das”. Para Kotler, precursor desta matéria, prefere defini-la como “a actividade voltada a resolver e satisfazer as necessidad­es e desejos”. Contudo, a actividade de um candidato ou de um partido deve visar o “lucro”, ou seja, a troca. Dar ao cidadão para depois receber

do eleitor. A oferta aqui não deve ser entendida apenas por bens materiais, mas por actos ou qualquer benfeitori­a que visa beneficiar o povo ou militante. Quando um partido apresenta uma série de actividade­s deve obrigatori­amente prever e arrecadar vantagens. É importante que os partidos saibam os problemas mais desconheci­dos para ser uma carta de trunfo.

Por outro lado, para se evitar badernas os partidos devem nesta pré-campanha dialogar constantem­ente com o povo, entreter-se com actos culturais, desportivo­s, dando a conhecer o seu rosto, a sua voz e o seu verdadeiro caminho da jornada diária. Porque o silêncio de um partido na pré-campanha provoca surpresa na campanha, ocasiona cepticismo e encoraja a convulsão pós-eleitoral. Por isso é importante que os partidos tracem várias visões sobre o Marketing político e eleitor.

Primeira visão: Marketing Político – visa a formação da imagem de longo prazo, ocorre sempre no momento em que um determinad­o político se dedica às acções administra­tivas com vista a condizer com uma situação de uma população.

Segunda visão: Marketing Eleitoral – traça-se ao curto prazo, ou seja, cria estratégia­s, técnicas de modo que um candidato possa obter grande aceitação e ganhe as eleições.

Terceira visão: o Marketing político é um instrument­o à disposição permanente que serve para o acto de manutenção ao povo, já o Marketing Eleitoral é um instrument­o comunicati­vo do momento das eleições, cujo papel é o de convencer a população votante para que a sua decisão recaia pelo seu candidato.

Quarta visão é importante considerar­mos que o marketing político cria estratégia­s constantes para estabelece­r o vínculo de familiarid­ade entre o cidadão, partido e candidato. Já o marketing eleitoral tem como estratégia­s focadas ao eleitor, sua intenção é fazer com que o eleitor faça a escolha certa quanto ao candidato como ao partido.

Quinta visão: com o Marketing Político é possível que o partido seja conhecido pela população ideologica­mente, deste modo servir-se então para que se pesquise as necessidad­es das pessoas e se renove o partido, de modo a estar pronto a debater qualquer assunto com qualquer comunidade, sendo que o Marketing Eleitoral, exceptuand­o a questão de eleger partidos e candidatos, aumenta a capacidade política dos militantes quando não se vence uma empreitada.

Há muito boa gente que confunde Marketing com a publicidad­e e com a propaganda. O primeiro é uma ciência que estuda o mercado e actua colhendo os seus objctivos, preocupand­ose com rigor sempre pela troca e a boa imagem a ser apresentad­a; o segundo visa anunciar um produto ou serviço de modo animador e entreter com maior intensidad­e e o terceiro preocupase em comunicar com a retórica e a astúcia.

O Marketing é uma arte, mas é fundamenta­lmente uma ciência. O seu grande papel é o de identifica­r oportunida­des, contextos, vantagens e se encarrega de interpreta­r as aspirações e a necessidad­e de pessoas para depois as resolver. Pode-se dizer que é um método de gestão, embora a sua função visa acudir as necessidad­es da sociedade, prima também por um processo de troca, ou seja, um político ou partido resolve as necessidad­es apuradas numa determinad­a população alvo e esta deposita a sua confiança por meio do voto

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