Jornal de Angola

Regime Tributário Especial para Cabinda vai à discussão dia 7 no Parlamento

A informação foi avançada pelo deputado Manuel Lopes Dembo, no final da Conferênci­a de Líderes dos Grupos Parlamenta­res, referente à 5ª sessão legislativ­a da Assembleia Nacional

- Edna Dala |

A Assembleia Nacional vai discutir e votar, na próxima quinta-feira, os projectos de leis que autorizam o Pres i dente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a legislar sobre o Regime Tributário Especial para Cabinda e sobre a Alteração do Regime Fiscal Aplicável à Concessão Petrolífer­a da Zona Marítima da província mais ao Norte do país.

O primeiro diploma, apreciado, na semana passada, pelo Conselho de Ministros, visa alavancar o desenvolvi­mento socioeconó­mico da província, mediante a aplicação de benefícios fiscais com i mpacto directo no tecido empresaria­l local e na vida das populações, aumentando o nível das receitas próprias e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Na ocasião, o ministro da Economia e Planeament­o, Mário Caetano João, disse que a ideia é permitir que Cabinda se torne num pólo “altamente atractivo para o investimen­to directo estrangeir­o e trazer mais empregos para a população local”.

Na próxima sessão extraordin­ária plenária do Parlamento deverá ser, igualmente, discutida e votada a Proposta de Lei que Autoriza o Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a legislar sobre a extinção da concessão atribuída à Concession­ária Nacional para o Petróleo e Gás, nos termos do Decreto-lei nº 11/07, de 5 de Outubro.

A informação foi avançada pelo deputado Manuel Lopes Dembo, no final da conferênci­a de líderes dos Grupos Parlamenta­res, referente à 5 ª sessão l egislativa da Assembleia Nacional, sob orientação do presidente Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Referiu que durante a 5ª sessão legislativ­a os deputados

vão discutir e aprovar, na generalida­de, a Proposta de Lei Geral de Trabalho, que teve o voto favorável da UNITA, por entender que a Lei em vigor penaliza o trabalhado­r.

O plenário vai proceder, também, à discussão e votação, na generalida­de, da Proposta de Lei que Altera a Lei Orgânica dos Tribunais da Relação e da Proposta de Lei de Bases da Função Pública.

Na conferênci­a, que teve como propósito preparar, igualmente, a 7ª Reunião Plenária Ordinária de 21 deste mês, vão, ainda, à votação final global, as Propostas de Leis que Alteram o Exercício

da Actividade de Televisão, da Lei que Altera a Lei Orgânica dos Tribunais da Relação e da Proposta de Lei de Bases da Função Pública.

O projecto de resolução que aprova a adesão de Angola à Convenção da Organizaçã­o Internacio­nal de Comunicaçõ­es Móveis via Satélite, incluindo as emendas de 6 de Outubro de 2008, será, igualmente, apreciado durante a reunião ordinária.

Lei Geral de Trabalho é oportuna

Em declaraçõe­s à imprensa, o 1º vice-presidente do Grupo Parlamenta­r do MPLA, Manuel da Cruz Neto, justificou o voto favorável do partido no poder por acreditar ser o momento adequado para a discussão e aprovação.

“Estamos prontos para a discussão destes temas e vamos ver como é que isto

vai decorrer ao nível das

discussões na especialid­ade. A dinâmica do Parlamento vai ditar como é que esses processos vão andar”, esclareceu.

O político fez questão de explicar que a Lei Geral de Trabalho, que vai à discussão, é apenas uma alteração que procura justiça social, o que apontou como grande objectivo do instrument­o.

Alguns líderes dos Grupos Parlamenta­res votaram con

tra e outros abstiveram-se para agenda do dia 7, por causa da introdução da Proposta de Lei de Bases da Função Pública e da Alteração à Lei Geral de Trabalho, por acreditare­m que o Executivo está a usá-las para fins eleitorali­stas.

Confrontad­o se o momento era oportuno para a discussão e aprovação dos instrument­os, tendo em conta o período eleitoral, o 1º vice-presidente do Grupo Parlamenta­r do MPLA sublinhou: “não é o momento que conta, mas sim a importânci­a do tema”.

Na ocasião, o deputado reconheceu que a presente legislatur­a foi muito forte em termos de aprovação legislativ­a, mesmo diante da pandemia da Covid-19 que perturbou o trabalho, mas ainda assim foram discutidas muitas leis importante­s e “a agenda ainda não terminou, a campanha nem sequer começou”.

Sobre a aprovação do Pacote Autárquico, levantada pelo representa­nte da CASA-CE que considerou prioritári­a em detrimento de alguns diplomas que vão à a p r ovação j á n a quinta- feira, Manuel da Cruz Neto d i s s e que o mesmo precisa ser agendado apenas.

“Todos reconhecem­os a importânci­a das leis, mas há uma agenda para cada momento. Nós sabemos que a grande preocupaçã­o ao alterarmos a Constituiç­ão foi retirar alguma carga que pudesse dificultar essa discussão e, neste caso, falta apenas agendar o assunto e discuti- l o no momento certo”, reforçou.

A agenda do dia 7, reconheceu, ficou marcada praticamen­te pelo voto favorável do MPLA, excepto na Proposta da Lei Geral de Trabalho que t eve o ponto favorável do maior partido da oposição.

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ANGOP Regime Tributário Especial para Cabinda e sobre a Alteração do Regime Fiscal à Concessão Petrolífer­a da Zona Marítima em análise

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