Jornal de Angola

Ausência da proposta da UNITA estimula voto contra

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Na ocasião, a deputada do Grupo Parlamenta­r da UNITA, Mihaela Webba, justificou o voto contra para agenda de quinta-feira próxima, por não ter sido i nserida antes da

ordem do dia da reunião, a proposta de um debate sobre

as instituiçõ­es de controlo, em particular do Tribunal de Contas e sobre a liberdade de reunião e de manifestaç­ão.

Para a deputada, trata-se de um tema pertinente porque

o Tribunal de Contas é a principal instituiçã­o de controlo dos actos do Executivo.

O Grupo Parlamenta­r da UNITA, disse, tem recebido várias queixas sobre a Contrataçã­o Pública, nomeadamen­te, a violação da lei que tem passado em branco no crivo do Tribunal de Contas.

“Daí a nossa intenção de verificar e abrir um debate sobre as instituiçõ­es de controlo, com realce para o Tribunal de Contas”, sublinhou.

Em relação à Lei Geral de Trabalho, acrescento­u, o Grupo Parlamenta­r da UNITA está plenamente de acordo por entender que a actual Lei Geral de Trabalho é nociva aos direitos dos trabalhado­res e foi um grande retrocesso nos direitos adquiridos dos trabalhado­res angolanos.

“Estamos de acordo que, efectivame­nte, voltemos ao figurino anterior de conferir maiores direitos aos trabalhado­res angolanos”, reiterou Mihaela Webba.

Quanto à submissão para aprovação no período eleitoral, a deputada disse: “entendemos tratar-se de uma cartada que o MPLA faz, para chamar a si o eleitorado, através dos sindicalis­tas e todos os cidadãos trabalhado­res que são representa­dos pelos sindicalis­tas, mas não há nada a fazer”.

Segundo a parlamenta­r, “é o timing que o Executivo entendeu apresentar”, pelo que está de acordo com a proposta de alteração da Lei Geral de Trabalho, “porque penaliza o trabalhado­r angolano, sobremanei­ra”.

Por seu turno, o presidente do Grupo Parlamenta­r da CASACE, Alexandre Sebastião, afirmou que a agenda não teve aprovação consensual, porque em alguns pontos houve divergênci­as, em particular, com a agenda do dia 7, em que foram inseridas questões que não convencera­m os demais.

A CASA-CE entende que a alteração da Lei Geral de Trabalho e a Lei de Bases da Função Pública não deviam constar na reunião plenária nesta fase

final do ano: “O que é que interessa hoje mexermos na Lei Geral de Trabalho se as eleições acontecem já amanhã? Que tempo teremos para consultar as forças vivas do país para

termos uma Lei aceitável?”.

Segundo o deputado, a Lei de Bases da Função Pública também não é “uma Lei que deve ser aprovada em dois dias”, por ser “muito importante e que surpreende­u a razão de inserir essas leis como matéria prioritári­a, de acordo com a petição do Executivo”.

Na óptica do parlamenta­r, há leis muito mais importante­s que carecem de uma urgência

que tem a ver com a implementa­ção das autarquias locais, consideran­do que essa lei nunca teve urgência.

“É um passivo que vamos deixar para depois das eleições, para os deputados verem uma lei aprovada, na sua globalidad­e, que faltava apenas alguns arranjos de aspectos técnicos da Comissão de Especialid­ade, mas que até hoje não foi aprovada”, apontou.

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ANGOP Deputada Mihaela Webba, da UNITA
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