Acesso ao bairro Quirindo cada vez mais facilitado
População deixa de depender de canoas, com a inauguração da ponte metálica sobre o rio Dande, com duas faixas de rodagem, 52 metros de comprimento, nove de largura e capacidade para suportar 70 toneladas
O acesso ao bairro Quirindo, na comuna das Mabubas, província no Bengo, está mais facilitado, com a inauguração da ponte metálica sobre o rio Dande, com duas faixas de rodagem, 52 metros de comprimento, nove de largura e capacidade para suportar 70 toneladas.
Segundo a governadora do Bengo, Mara Quiosa, que i naugurou a ponte, na quarta-feira, o Executivo vai continuar a trabalhar para assegurar a mobilidade das pessoas e facilitar as trocas comerciais.
“Há 30 anos havia aqui uma ponte que foi destruída durante a guerra, mas, hoje, conseguimos repô-la, para que a população transite à vontade”, disse Mara Quiosa, acrescentando que o bairro Quirindo é potencialmente agrícola, onde o feijão, o milho e o tomate são produzidos em grandes quantidades. “Com essa ponte fica assegurado o escoamento dos produtos cultivados na região”.
A obra, avaliada em 298 milhões de kwanzas, durou nove meses, segundo o director do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), Henrique Vitorino. “O acesso ao bairro Quirindo era através
de canoas. A falta de uma ponte colocava em risco a vida da população”, concluiu o responsável.
Moradores satisfeitos
O soba do bairro Quirindo, António Leão, disse que a reposição da ponte deixa satisfeita a população. “É uma grande alegria ver aqui uma nova ponte, que só vai facilitar a nossa vida”, salientou a autoridade tradicional, antes de l embrar- se do período em que a antiga ponte foi destruída. “Acon
teceu há 30 anos, durante a guerra que assolou o país. Mas isso já faz parte da história. Agora vamos desfrutar desta nova infra-estrutura, que vai facilitar as trocas comerciais. Hoje, com a inauguração da ponte, ninguém vai dormir. Estamos muito alegres”, referiu.
Moradora há 15 anos no Quirindo, Linda João é agora uma mulher mais feliz. Há muito que a agricultora reclamava da falta de uma ponte, para facilitar a travessia. “O nosso sofrimento acabou.
Estamos a preparar uma grande festa, porque a partir de hoje vão começar a sair daqui camiões e carrinhas carregados de milho, tomate, cebola e outros produtos mais cultivados nesta zona”, realçou.
Linda João contou que, durante vários anos, a população enfrentou inúmeras dificuldades para escoar os produtos cultivados na região, “porque as canoas são pequenas. As frutas e legumes apodreciam nas lavras. Sofríamos muito com isso”.