CFL reforça meios de acesso para pessoas com deficiência
MASFAMU tem estado a trabalhar com o Ministério dos Transportes, com vista ao respeito da Lei das Acessibilidades
O Caminho-de-ferro de Luanda (CF) vai continuar a apostar na melhoria dos aspectos técnicos que permitem que as pessoas com deficiências tenham acesso facilitado nos transportes ferroviários, garantiu, ontem, em Luanda, o administrador para a Área Técnica.
Manuel João Lourenço avançou que a ferroviária tem estado a cumprir com a Lei das Acessibilidades. Daí que as estações de comboios estão a ser contempladas com plataformas que assegurem a entrada e saída de pessoas com deficiências.
Realçou que as estações principais, designadamente as do Bungo, Musseque, Viana e Baia, vão dispor das mesmas características de acessibilidade, numa altura que estão a ser construídas as plataformas da acessibilidade, respeitando o padrão dos apeadeiros.
Para constatar as condições nos CFL, uma delegação do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da
Mulher (MASFAMU), chefiada pela secretária de Estado Elsa Bárber, visitou as estações de comboios da empresa ferroviária, na província de Luanda.
A visita do MASFAMU é resultado de, nos últimos meses, esse departamento ministerial ter recebido inúmeras reclamações de utentes com deficiência física, pelas dificuldades nos transportes públicos, por falta de rampas de acesso e sensibilidade de alguns condutores.
Elsa Bárber explicou, igualmente, que a visita está enquadrada na Campanha da Acessibilidade, que decorre em todo o país, desde Maio último, levada a cabo pelo MASFAMU, em colaboração com o Ministério dos Transportes.
A secretária de Estado reconheceu que, no quadro da Lei das Acessibilidades nº 10/16 de 27 de Julho, o Ministério dos Transportes e empresas do ramo têm envidado esforços para permitir um acesso mais facil i t a do à s p e s s oa s c o m deficiência.
“Encontramos condições facilitadoras e inovadoras nas estações do CFL, para as pessoas com deficiência e, dentro dos comboios, existem espaços adequados para acomodar os utentes”, disse Elsa Bárber.
Apesar disso, a responsável ministerial defendeu a necessidade de se eliminar as barreiras ainda existentes, seja em ambiente de trabalho, escolar, familiar e nos transportes.
Tal como reconheceu a secretária de Estado, o representante da Associação dos Estudantes Universitár i o s c o m Defici ê nci a , Armando Vunge, considerou que o grau de acessibilidade nos CFL representa um passo significativo para a i nclusão da pessoa com deficiência.
Armando Vunge avançou, igualmente, que o grau de acessibilidade em alguns pontos são visíveis, com um processo mais simples e prático para todas as pessoas com deficiência, o que facilita o acesso aos meios sem grandes constrangimentos.