Diplomatas informados sobre o processo de eleições em Angola
Na reunião ordinária do Grupo da CPLP na Etiópia, sublinhouse que as eleições deste ano, previstas para 24 de Agosto, terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora
O embaixador de Angola na Etiópia e representante permanente junto da União Africana (UA), Francisco José da Cruz, prestou uma informação detalhada sobre o processo eleitoral angolano aos homólogos dos Estadosmembros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), acreditados em Addis Abeba.
Falando sexta-feira na reunião ordinária do Grupo da CPLP na Etiópia, o diplomata referiu, citado em comunicado, que as eleições deste ano, previstas para 24 de Agosto, terão pela primeira vez a participação dos angolanos na diáspora.
Acrescentou que para o quinto pleito eleitoral da história de Angola, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017, apresentaram candidaturas sete partidos e uma coligação partidária e são esperados mais de 14 milhões de eleitores, incluindo cerca de 22 mil residentes no estrangeiro.
O embaixador Francisco José da Cruz explicou, por outro lado, que ao ser designado “Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação”, pelos seus pares na Cimeira Extraordinária sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governo em África, realizada recentemente em Malabo, Guiné Equatorial, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, passa a “liderar a divulgação e materialização destes dois temas estratégicos a nível da organização continental”.
Enfatizou que, enquanto Campeão para a Paz e Reconciliação, o Presidente João Lourenço tem, entre outras, a responsabilidade de encorajar e reforçar continuamente, no continente, a cultura da tolerância e da coexistência pacífica, promovendo assim a coesão social, através do cultivo do diálogo nacional para garantir uma maior participação cidadã, a inclusão e apropriação dos processos de paz para a estabilidade e o desenvolvimento de África.
O diplomata angolano esclareceu que consta, igualmente, da agenda do Presidente a actuação como “um dos principais defensores políticos da gestão da diversidade, para se evitarem os conflitos interétnicos e promover a edificação de uma paz duradora”.
O embaixador concluiu que ao Estadista angolano é ainda incumbida a missão de estar na vanguarda do envolvimento das partes interessadas ( africanas e internacionais) para promover e complementar o trabalho de terapia nacional, o respeito pelos Direitos Humanos em situações de conflito e a justiça transnacional como meios para se alcançar a estabilidade política e o desenvolvimento sustentável do continente.