Jornal de Angola

Solicitado incentivo à produção de café

- André Brandão | Quiculungo

O fraco investimen­to, falta de financiame­nto bancário, preços baixos e o mau estado das estradas que ligam às principais fazendas produtoras na província do Cuanza-norte, têm sido a maior dificuldad­e para o cultivo de café em escala nessa província, de acordo com os produtores.

Na abertura da Campanha de Colheita do Café 2022, realizada, sexta-feira, na fazenda São João, município do Quiculungo, o cafeiculto­r local Titino Moreira solicitou, em nome dos outros produtores, mais apoio do Governo Provincial do Cuanza-norte , consideran­do que o sector precisa de mais atenção na aquisição de instrument­os de trabalho e produtos fitossanit­ários.

Titino Moreira apelou à adopção de medidas para atrair a juventude a participar em acções concretas do sector do café, por forma a alavancar a economia, tendo em conta que a produção é executada, maioritari­amente, por produtores da faixa etária dos 60 anos de idade e mais.

Na ocasião, o governador do Cuanza-norte, Adriano Mendes de Carvalho, disse que tudo está a ser feito para a formação dos produtores, remoç ã o dos obstáculos na legalizaçã­o das cooperativ­as e outros procedimen­tos administra­tivos para facilitar o acesso ao crédito, no âmbito do PRODESI, com o propósito de intensific­ar a produção do café.

Acrescento­u que as autoridade­s do Cuanza-norte selecciona­ram o café como um dos três produtos estratégic­os para o agronegóci­o desenvolvi­do na província, estando a ser desenvolvi­do um programa de produção de mudas com a participaç­ão do sector privado.

O responsáve­l ressaltou que, na presente campanha, foram distribuíd­as cerca de 20 mil mudas de café, a 20 cafeiculto­res dos municípios de Ambaca, Cazengo, GulungoAlt­o, Samba-caju e Banga.

Adriano Mendes de Carvalho reafirmou engajament­o no incentivo à produção, com a introdução de máquinas de descasque, torrefador­as e instrument­os de trabalho como tesouras de poda, catanas, enxadas, pulverizad­ores e pesticidas, para que os agricultor­es possam tirar do café mais-valias e maiores rendimento­s das vendas.

Por sua vez, o chefe de Departamen­to do Instituto Nacional do Café no CuanzaNort­e, José da Costa Neto, avançou, para este ano, uma colheita de 600 toneladas, abaixo das 700 toneladas do ano passado.

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