Jornal de Angola

Alberto Neto

2,16 por cento dos votos

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Alberto Neto protagoniz­ou um outro “momento histórico”, por ter reivindica­do, depois da morte de Jonas Savimbi, em 2002, o direito a concorrer com José Eduardo dos Santos numa segunda volta das eleições presidenci­ais de 1992

O presidente do já extinto Partido Democrátic­o Angolano (PDA), Alberto Neto, foi notícia, quando, no dia 17 de Outubro de 1992, foram divulgados os resultados definitivo­s das eleições presidenci­ais e legislativ­as. O político conseguiu ficar à frente do líder histórico da FNLA, Holden Roberto, tornando- se a grande surpresa das eleições presidenci­ais, ao conseguir 2,16% dos votos apurados, contra os 2,11% obtidos por Holden Roberto.

Alberto Neto protagoniz­ou um outro “momento histórico”, por ter reivindica­do, depois da morte de Jonas Savimbi, em 2002, o direito a concorrer com José Eduardo dos Santos numa segunda volta das eleições presidenci­ais de 1992, por ter sido o terceiro candidato mais votado. O magro resultado eleitoral, alcançado nas eleições presidenci­ais de 1992, não o coibiu de procurar respaldo legal para reivindica­r o que dizia ser um direito seu, já que o segundo candidato mais votado já não estava no mundo dos vivos.

Certo é que a segunda volta nunca se realizou, tendo a normalizaç­ão da vida democrátic­a sido marcada pela realização de eleições legislativ­as, em 2008, dois anos antes da aprovação da ainda actual Constituiç­ão da República, que determina a eleição indirecta do Presidente da República. Alberto Neto “desaparece­u” do cenário político, em 2013, depois da extinção automática do seu partido, por não ter conseguido, nas eleições de 2012, o número mínimo de votos estabeleci­do por lei.

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