Jornal de Angola

CINVESTEC aprova alargament­o da base de expectativ­as

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O director do Centro de Investigaç­ão Económica da Universida­de Lusíada (Cinvestec), Heitor Carvalho, disse, ontem, em Luanda, no final do “Workshop sobre Indicadore­s de Expectativ­as de Mercado”, realizado pelo BNA, que o instrument­o de medição das expectativ­as de alguns agentes dos mercados é muito útil e que todas as economias do mercado assim como os bancos centrais usamse do mesmo para antecipar e tomar medidas.

Heitor Carvalho comentou ser pretensão das autoridade­s, com a adopção deste modelo, tentar antecipar a taxa de inflação, ou seja, saber antes de acontecer qual é a taxa adequada, que permite ao BNA tomar medidas de antecipaçã­o e contrariar aquilo que prejudica o curso normal da taxa de inflação onde estas sejam mais efectivas.

De acordo com o director da Cinvestec, com a opinião e apoio de todos, certamente, o BNA terá uma antecipaçã­o da taxa de inflação e do cresciment­o do produto mais proactivo. Por outro lado, explicou Heitor Carvalho, existem muitas limitações nas antecipaçõ­es das taxas de inflação, o que obriga a instituiçã­o a pensar em antecipar e perceber aquilo

que são as metodologi­a do INE do cálculo inflação e do Produto Interno Bruto (PIB).

“Temos muitos problemas quer no cálculo da inflação quer na do PIB, e, para podermos ajudar, teremos que apresentar uma expectativ­a que não será, exactament­e, a expectativ­a de inflação do país, mas aquela que irá ser a inflação calculada pelo INE”, disse.

De acordo com dados do centro de investigaç­ão económica, Cinvestec ,a inflação, de 2021 e 2022, foi um geral de preços de 27 por cento quando todos os produtos subiam nos mercados e continuou-se a ter a mesma taxa de inflação de 27 por cento quando viu-se que os produtos importados baixaram generaliza­damente de preço. Com uma depreciaçã­o do dólar face ao Kwanza de cerca de 24 por cento seria um caso único no mundo se os produtos importados não ficassem mais baratos. Mas, não obstante a inflação se manteve igual.

A causa da inflação, em 2021, não foi monetária nem cambial nem sequer de escassez ( a oferta cresceu relativame­nte a 2020), mas exclusivam­ente devida à subida das margens dos negócios, devido à redução da concorrênc­ia.

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DR Director do Centro de Estudos da Lusíada, Heitor Carvalho

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