Jornal de Angola

“Agri Mumba” coloca no mercado mais de 17 mil toneladas de cereais

- Adérito Veloso

“Grande parte da carne de bovino e das frutas serão para exportação. Será dado um grande contributo para a melhoria do desempenho da balança comercial”

Um total de 17.300 toneladas de produtos diversos vão ser produzidos, este ano, pela fazenda Agri Mumba, instalada numa área total de 43.000 hectares, localizada na comuna da Mumba, no município do Cuvango, na província da Huíla.

Ao Jornaldean­gola, em Luanda, o CEO da empresa, Nuno Paulo, disse que o projecto Agro-industrial prevê colher, numa extensão de 1.100 hectares em regadio, cerca de 15.000 toneladas de milho, 800 de soja, igual número de trigo e 700 toneladas de feijão.

A fazenda que começou a ser implementa­da em 2015, conta com silos com capacidade para armazenar até 800 toneladas.

Através do sistema de rega, a unidade prevê explorar a área com dois ciclos produtivos por ano, aumentando a área de cultivo para 2.200 hectares.

Fruticultu­ra

A partir de Setembro, a fazenda vai dar início a plantação de 300 hectares de abacate, numa altura em que a aposta na fruticultu­ra está, igualmente, centrada numa área de 2.000 hectares.

A produção irá incidir na manga e maracujá, com oito hectares cada, bem como uva de mesa numa área de dois hectares.

A intenção é de colocar no mercado anualmente cerca de 50.000 toneladas de frutas.

No domínio da Silvicultu­ra, a fazenda pretende instalar numa área de 25.000 hectares de floresta de eucalipto, com o objectivo de refloresta­r e explorar a sustentabi­lidade da madeira. Para além da fazenda Mambua, o eucalipto será instalado nas fazendas Mogno, Teka e Muria situada na província do Cuanza-norte.

Pecuária

No âmbito da exploração pecuária, Nuno Paulo, destacou que a intenção é apostar na criação de bovinos, numa altura em que a fazenda conta com 6.300 animais, com intenção de abate de 1.400, cerca de 400 toneladas de carne.

Está em curso, a instalação de uma fábrica para ração, com o objectivo de produzir alimento para os animais em confinamen­to, numa altura em que está, também, prevista a construção de um matadouro de bovinos para abate e embalament­o de carne.

O empresário garantiu que a produção (carne, frutas, grãos e ração) será canalizada para o mercado nacional e exportação.

Avançou que a fazenda está instalada ao longo da estrada nacional que liga Lubango a Menongue, bem como os comboios dos Caminho-de-ferro de Moçamedes, o que vai permitir e facilitar o transporte das mercadoria­s.

S egundo o g e s t or , a empresa pretende avaliar o mercado internacio­nal, quer para a aquisição de insumos, bem como para a venda de produtos acabados.

Actualment­e, a fazenda recebe insumos do Brasil, Namibia e Portugal. Para além do mercado interno, a empresa prevê, num futuro próximo, exportar os seus produtos para a África do Sul, China e mercado europeu.

"Grande parte da carne de bovino e das frutas serão para exportação. Será dado um grande contributo para a melhoria do desempenho da balança comercial, por um lado pela quantidade produzida localmente, e por outro pela exportação verificada e consequent­emente entrada de divisas no país", apontou.

A empresa conta com 750 trabalhado­res, numa altura em que estão envolvidos de forma indirecta cerca de 2.000 pessoas, entre fornecedor­es de serviços externos e logística.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Empresário Nuno Paulo

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