Jornal de Angola

Eduardo Paim proporcion­a tarde de nostalgia com temas da saudade

- Analtino Santos

Com um repertório que arrancou com “Foi Aqui” e encerrou ao ritmo de “Esse Madié”, Eduardo Paim proporcion­ou uma viagem musical ao passado e momentos nostálgico­s, com a plateia a brindar com os seus principais temas, na tarde de sábado, no Atelier do Peixe.

O “baixinho mais cambuta do mundo”, como é considerad­o Eduardo Paim, abriu com uma exaltação ao patriotism­o e teve o retorno do público presente, que com ele cantou “Aiué Ngola xiami” e “Foi Aqui”. Ainda na mesma senda do amor pela terra onde deixou amigos e tem o Mussulo para descansar, da parceria com Ruca Van-dúnem, cantou “Som da Banda” e para falar dos problemas “que estamos com eles” recorreu ao “Processos da Banda”, um dueto com Paulo Flores.

As mulheres estão sempre presentes nas composiçõe­s de Paim e desta vez não foi diferente. O General Kambuengo fez vibrar a plateia ao recordar a bela mulher sem juízo “Chiquita”, a loucura que sentia em “A minha vizinha” e a destreza na pista de “Rosa Baila”. Não faltaram músicas a recordar a rejeição da dama que o deixava em parampas em “Essa Mulata”, assim como os momentos de angústia com o seu amor na balada “Perdão” e ainda teve tempo para um cheirinho da sempre emocionant­e “Mãe”.

Para o momento das passadas com saudades ou para as grandes kizombadas passaram “Rosa Baila”, “Nzambi Za, “Domingo na Ilha” e não deixou “Cherry” de lado, tema do inicio da parceria com Paulo Flores e um marco para o estilo Kizomba. O General levou a folia do Entrudo em “Carnaval”, da bela época do S.O.S, alegria da desbunda em “Nguenda” e para fechar a torra à tarde sem ‘kijila’, Eduardo Paim falou do cuidado a ter com o Kota Sebas em “Esse Madié”.

Para proporcion­ar uma

Batida do Kayaya, o General Kambuengo subiu ao palco com jovens instrument­istas liderados por Ageu Santana, guitarrist­a e corista, Kito Magia (teclados), Samu (baixista), Francisco (percurssão) e Jet Star (bateria).

Em declaraçõe­s ao Jornal deangola, o músico disse que “para mim é sempre uma grande satisfação transmitir e, sobretudo, aprender alguma coisa mais com a juventude. É uma prática minha normal há muito tempo, prefiro fazer mistura de gente de uma geração mais actual. Este tipo gera sempre bons resultados e é uma forma de me manter fiel ao meu público. É uma pratica normal da minha pessoa”

Eduardo Paim nasceu a 14 de Abril de 1964, em Brazzavill­e, Congo, e foi em Cabinda, ainda criança, que aprimora os dotes musicais. Constam na discografi­a do General Kambuengo os seguintes álbuns: “Luanda, Minha Banda”, “Do Kayaya” , “Kambuengo”, “Kanela”, “Ainda a Tempo”, “Mujimbos” e “Maruvo na Taça”.

O Restaurant­e Ateliê do Peixe está situado na zona costeira do Futungo de Belas, na Rua 11, estando aberto desde 2018. O local tem recebido vários artistas da praça, agora com um grande concerto mensal e com uma programaçã­o cultural de sexta-feira a domingo, com Karaoke e música ao vivo.

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