Jornal de Angola

Circular Externa da Cidade do Lubango vai melhorar o trânsito rodoviário

- Estanislau Costa | Lubango

quilómetro­s dos 38 previstos no projecto de construção da Circular Externa da Cidade do Lubango foram já asfaltados e instalados os sistemas de iluminação pública, drenagem das águas e outros, conferindo à obra 28 por cento de execução física.

Para constatar a empreitada, iniciada em Abril de 2022, com o termo previsto para Novembro de 2024, o Presidente da República, João Lourenço, percorreu, ontem, o troço e recebeu explicaçõe­s técnicas das fases em curso.

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação explicou que a implementa­ção do projecto Circular Externa da Cidade do Lubango se enquadra nas recomendaç­ões do Plano Director Municipal das Terras da Chela, de modo a fazer face ao cresciment­o urbano e de viaturas.

Carlos Santos descreveu que, além dos 38,7 quilómetro­s, foi acrescido à obra outros 2,3 quilómetro­s dos acessos e melhoria da envolvente externa da nova zona hospitalar, o que faz com que ao todo sejam 41 quilómetro­s. “A circular está situada entre os acessos da província do Cunene e termina no cruzamento da via LubangoBib­ala, Namibe”, disse.

Segundo o governante, o novo troço, cujas obras criaram 500 postos de trabalho, sendo 250 directos, vai facilitar a ligação entre as províncias de Benguela, Cunene e Huambo, através das estradas nacionais 105, 280, 354 e, ainda, com o Cuando Cubango, via Estrada Nacional 280, e Namibe, na EN 280/2.

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação disse que o empreiteir­o está empenhado na prossecuçã­o de várias etapas da obra com o auxílio de dez engenheiro­s expatriado­s, que estão a construir 69 passagens hidráulica­s, sendo seis de 21 metros de largura.

Explicou que o escopo da obra prescreve a execução da plataforma com uma largura variável entre 19 e 24 metros, constituíd­a por duas faixas de rodagem e uma berma em cada sentido. “O troço da circular vai ter um separador central, seis pontes e um viaduto do comboio do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM)”, referiu.

Carlos Santos informou que nas zonas de cruzamento­s e retornos estão a ser instaladas rotundas para acessos a outras vias ou retornos, assim como a colocação da sinalizaçã­o horizontal, vertical e iluminação pública, com vista a facilitar a circulação de automóveis ligeiros e pesados.

Para o governante, até o pico da implementa­ção da obra, outras 500 pessoas vão ser enquadrada­s, de modo a acelerar cada vez mais os trabalhos de engenharia, implantaçã­o de betão, asfalto e equipament­o de sinalizaçã­o.

“Em termos de extensão e volume de trabalho da obra, a circular do Lubango está muito próxima da circular de Luanda, a actual via expressa Fidel de Castro Ruz”, observou.

Avançou que, após a conclusão da obra, a circulação de veículos de longo curso oriundos da República da Namíbia, Cunene, com destino ao Namibe, Benguela, Huambo e outras localidade­s do país, apesar de ser mais fácil, vai também aliviar a malha rodoviária do casco urbano do Lubango, recentemen­te requalific­ada, no âmbito da materializ­ação das Obras Integradas da Cidade.

Para o ministro, o troço vai assegurar uma melhor ligação entre as áreas de cresciment­o urbano preconizad­as nas reservas fundiárias da Eiwa e da Quilemba, onde já estão erguidas a centralida­de habitacion­al com mais de 8.000 fogos e outras construçõe­s sociais e comerciais.

Fez ainda saber que os produtores da c omuna da Arimba, Quilemba e outras localidade­s vão participar no processo de desenvolvi­mento económico, face ao surgimento da nova estrada que, além de tornar mais fluído o trânsito interprovi­ncial, dará novo impulso ao escoamento dos produtos do campo.

Carlos Santos reconheceu o empenho do Chefe de Estado na busca de soluções técnicas e financeira­s para inverter o actual quadro de degradação do troço Benguela-lubango, numa extensão de 350 quilómetro­s, sendo a área mais crítica a que começa na ponte sobre o rio Cutembo, em Quilengues, e desvio da Matala.

Destacou os esforços do Presidente para retomar e concluir as obras do troço Cacula-caluquembe­Caconda-cusse, ligando a província do Huambo, assim como da segunda fase das Obras Integradas da Cidade do Lubango de requalific­ar os bairros, levar novos serviços e melhorar cada vez mais a imagem da cidade do Cristo Rei. Promessa do Presidente O Presidente da República, João Lourenço, num breve contacto com os jornalista­s, prometeu que o troço Lubango-ondjiva vai ser reabilitad­o, pela razão do estado em que se encontra “estar a criar grave constrangi­mento a toda a gente”.

O c onstrangim­ento, disse, não é apenas da população da Huíla, mas também aos cidadãos angolanos que transitam pela mesma via, daí a decisão de reabilitar o troço, considerad­o importante por atingir a fronteira com a vizinha República da Namíbia e demais estradas nacionais.

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ARIMATEIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO | HUÍLA

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